DA REDAÇÃO: Prêmios para soja convencional não compensa para produtores
Os prêmios da soja não-transgênica, ou convencional como também é conhecida, não está compensando para os produtores. Ricardo Tatesuzi de Sousa, diretor executivo da Abrange (Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados) explica que no ano passado houve uma grande procura por esse tipo de plantio, devido a grande valorização que havia para o prêmio. Com a grande produção, acabou desvalorizando.
Ricardo explica que há dois fatores que influenciam a escolha dos produtores entre a soja transgênica e a não transgênica. O primeiro é o fator econômico, como foi o caso que aconteceu na última safra, e o segundo agronômico, sobre a facilidade do manejo da produção.
Antes da entrada da soja transgênica no Brasil, em 2008, não havia a necessidade de se pagar prêmio e após isso houve uma organização para criar programas que propiciasse isso. Mesmo com uma vantagem menor, ainda há ganhos. Ricardo esclarece que cada produtor deve decidir quais são os benefícios para sua situação, além de haver muita influencia sobre a região que produz.
Em relação ao aumento das áreas de refúgio, em que haverá uma procura maior por sementes convencionais, o diretor executivo conta que só há risco de faltar sementes no caso de haver uma decisão abrupta. O setor possui capacidade para atender a essa nova demanda. Além disso, não é necessária a soja não-transgênica para realizar o refúgio, mas também outra variedade.