DA REDAÇÃO: Valorização dos prêmios nos portos e alta do dólar, traz melhora para mercado físico da soja
A combinação da valorização dos prêmios nos portos brasileiros junto com a elevação do dólar, trouxe uma recuperação aos preços no mercado físico da soja. Carlos Cogo, da Consultoria Agroeconômica, conta que esse é um bom momento para o produtor negociar a safra renascente. Já para a safra nova, as negociações ainda estão tímidas, pois os produtores não querem travar preços.
Nos Estados Unidos, o mercado aguarda a divulgação do novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deve trazer novas projeções de produtividade para o milho e manter o bom volume da safra para a soja. Cogo explica que o momento é de cautela, pois o mês de agosto é o período mais crítico para o desenvolvimento das lavouras. As previsões trazem um mês de clima mais seco e temperaturas amenas no meio-oeste americano, mantendo as possibilidades de uma grande safra.
Por esses fatores, os produtores brasileiros aguardam o desenrolar da safra americana para comercializar a nova safra. Também é indefinido a situação das situação dos grãos da América do Sul e quais serão as influências do el ñino. Por enquanto, só realizaram negócios para arrecadar o suficiente para a compra de insumos e para o preparo do plantio.
Para o milho, as perspectivas são de melhora para os preços comercializados devido ao anúncio realizado pelo ministro da agricultura, Neri Geller, de R$ 500 milhões destinados para os leilões de Pepro. O recurso deverá ser o suficiente para escoar apenas 8 milhões de toneladas, mas poderá impulsionar o mercado.
Para Cogo, a demanda deverá ser o fator mais importante para definir os preços e será o grande pilar de sustentação do mercado. As expectativas são de patamares mais baixos para soja e milho em 2015.