DA REDAÇÃO: Para pesquisador, eficácia da tecnologia Bt depende de manejo correto

Publicado em 06/08/2014 13:49 e atualizado em 06/08/2014 18:07
Refúgio: Recomendação para área é de 20% a 50%, desde que não ultrapasse mais de 800 metros, de acordo com pesquisadores. Empresa detentora da tecnologia recomenda 20%. É importante que seja realizado o MIP de forma correta, com a ajuda de um técnico para realizar aplicações apenas em pontos críticos.

Há uma grande discussão sobre o tamanho que deve ser destinado para as áreas de refúgio, depois que algumas variedades transgênicas perderam sua eficiência no cultivo de milho. As recomendações de pesquisadores variam de 20% a 50% da área da lavoura, porém, até que se tenha uma posição oficial do Ministério da Agricultura, os produtores devem seguir o que for proposto pelas empresas que detém a tecnologia. Atualmente, essa recomendação é de 20% para área de soja.

O pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Cattelan, explica que não é importante qual formato de área será feito, desde que seja inferior a 800 metros. O mais importante, para o pesquisador, é que seja realizado de forma adequada o MIP (Manejo Integrado de Pragas). Além disso, a cultivar pode ser transgênica, desde que não seja com tecnologia Bt.

O pesquisador explica que não adianta o produtor rural destinar uma área ao refúgio caso mate todas as lagartas que surgirem na lavoura, impedindo que haja o cruzamento de espécies resistentes com as não resistentes a tecnologia.  As aplicações devem ter o acompanhamento de um técnico na lavoura para que haja apenas quando estiver em ponto crítico de surgimento das lagartas.  

A perda de eficiência nas sementes transgênicas de milho possivelmente não será recuperada por ser uma tecnologia que já está sendo utilizada há algum tempo. Já para a soja, por ser uma tecnologia que começou a ser utilizada na última safra, ainda é possível recuperar desde que seja realizada a área de refúgio de forma correta.  Para o pesquisador, a responsabilidade da perda dessa tecnologia pode ser atribuída aos produtores, por não ter feito de forma correta, e as empresas, por não ter reforçado a importância da prática. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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