DA REDAÇÃO: Setor sucroenergético enfrenta crise por falta de transparência na formação de preços
Setor sucroenergético enfrenta grandes problemas relacionados à falta de transparência na formação de preços. O Sócio-diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, atribui esta política adotada pelo governo como principal fator para a crise, que optou em congelar os preços dos combustíveis como forma de controle da inflação.
O grande problema é que esta política faz com que o setor deixe de atrair investidores, pois torna o etanol pouco competitivo. Com os preços atrelados diretamente com o da gasolina, os prejuízos também causam um rombo na Petrobrás, que precisa pagar a diferença para manter os índices de inflação controlados. “Quanto mais transparência, mais investidores. Eu, você e qualquer pagador de imposto estão subsidiando os preços da gasolina para quem utiliza automóvel, inclusive quem não possui”, lamenta o Corrêa.
As expectativas de cenário em relação aos candidatos à presidência ainda está pouco definido sobre as mudanças que possam acontecer. Caso a atual presidente, Dilma Rousseff do PT, se mantenha, não deve ocorrer grandes mutações de cenário. Enquanto Marina Silva, candidata pelo PSB, ainda não definiu sobre qual será a linha adotada para o agronegócio. Já Aécio Neves poderá adotar uma política parecida com outros governos do PSDB, que manteve os preços competitivos, seguindo o mercado internacional. Para Corrêa, independente do cenário eleitoral, o ideal é que os preços sejam ditados pela lei da oferta e demanda, não deixando apenas um setor sofrer as consequências do momento econômico enfrentado pelo país.
As expectativas é que haja uma melhora nos preços do açúcar nas próximas duas safras, que estão pressionados pela forte concentração nos estoques. Já para o etanol, as perspectivas de melhora estão ligadas a um aumento nos preços da gasolina.