DE REDAÇÃO: Direto do Corn Belt, cooperativa confere produtividade de safra de grãos norte-americana
Um grupo da Cotrijal, cooperativa do Rio Grande do Sul, está participando do Crop Tour pelo Meio-Oeste dos Estados Unidos, para ver de perto as perspectivas da safra norte-americana. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, conta que é inegável a grande produtividade desta safra, apesar de ainda não ter chegado ao fim os americanos já consideram a melhor dos últimos 20 anos.
Segundo Mânica, as lavouras de milho apresentam excelente qualidade e já estão em fase de término do ciclo. Para a soja, a situação é bastante parecida, embora ainda possa sofrer alguma consequência caso haja alguma onda de frio. O grupo pôde visitar diversos tipos de propriedades, dentre pequenas, médias e grandes, e a situação é quase unânime em grande parte dos locais visitados.
Para o presidente, os preços devem continuar nos atuais patamares, com esta produtividade, mas quase não há mais espaço para novas quedas. Para o Brasil, a recomendação é que os produtores realizem seus cálculos de custo de produção e precisam ter cautela. Por outro lado, muitas cooperativas conseguiram travar preços para os produtores, garantindo melhor remuneração.
Apesar de ainda não possuir a safra plantada, ainda é difícil definir qual será o tamanho da próxima colheita, mas deverá ser muito volumosa. Segundo Mânica, há diversos fatores que podem afetar os preços pagos no Brasil, como a situação eleitoral, inflação, taxas de juros e câmbio.
Mânica também elogiou a produtividade da safra brasileira. “Não perdermos em nada em termos de produtividade e tecnologia, temos lavouras com 90 sacas por hectare”, conta o presidente.