DA REDAÇÃO: Com expectativas da safra norte-americana, soja segue com poucos negócios no Brasil

Publicado em 27/08/2014 14:01 e atualizado em 27/08/2014 18:16
Grãos: Expectativa da chegada de uma grande safra vinda dos EUA pressiona preços da soja em Chicago. Com isso e mais a queda do dólar, cotações recuam também no Brasil e movimento trava o mercado interno. Demanda interna também demonstra ritmo menos acelerado e não deve estimular um avanço dos preços. No milho, mercado sente pressão até mesmo no curto prazo.

Mercado da soja está negativo e sofre com ausência de negócios no Brasil, reflexo de diversas notícias da safra norte-americana, de pressão no dólar com o cenário eleitoral brasileiro e na recomposição de estoques da China. Com isso, os produtores seguem com prêmios bastantes positivos nos portos brasileiros, mas com poucos negócios para fechar. Para Marcos Araújo, da Agrinvest, o momento de vendas para os produtores com safra velha já passou e deverão aproveitar os rallies de alta para realizar negócios.

Parte deste cenário se deve a expectativa de entrada de novos grãos, com a colheita americana prestes a ser iniciada em três semanas. Notícias sobre a expectativa de produtividade também tem chamado atenção do mercado. Enquanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê produtividade média de 51 sacas por hectare, há especulações que giram entre 51,6 a 52,7 sacas por hectare. Conforme explica Araújo, os números recordes para a safra reforçam ainda mais a queda na bolsa de Chicago.

No Brasil, a saca para a safra velha é negociada a R$ 63 reais por saca de 60 kg, enquanto para a safra nova é de R$ 56/saca, uma diferença de R$ 7,00. “Por mais que tenha prêmios no Brasil com 250 pontos acima, você tem pra safra nova U$ 0,40 cents acima, ou seja, já caiu U$ 0,20 cents", analisa Araújo.

Já a demanda da China poderá não ser tão animadora, mesmo os últimas compras realizadas. Araújo explica que a média histórica de compras da China girava em torno de 150 mil toneladas de soja por mês, enquanto em maio deste ano esse número chegou a 400 mil toneladas. O que demonstra que houve uma recomposição significativa dos estoques chineses. “A demanda não está sendo tão empolgante, não se vê o forte ritmo de compra. O ritmo atrasado da demanda, menos comprador, com risco de crédito e expectativa de safra mundial de 319 milhões de toneladas, faz com que cenário esteja negativo e ausente de negócios”, explica Araújo.  

Milho

Para o milho a situação não é muito diferente, já que vem apresentando forte pressão nos preços, além de uma concorrência mundial. Segundo Araújo, Argentina vem apresentando preços mais baixos que o brasileiro, em alguns lugares até U$ 7,50 mais barato. Além de ter concorrência com África do Sul e o próprio Estados Unidos. Já na próxima safra, deverá existir uma redução de área de plantio no sul do país. Com a safrinha com preços ruins, muitos produtores também deverão migrar para outras culturas. 

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Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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