Cana: IAC desenvolve variedades com adaptação a déficit hídrico
O Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) desenvolveu duas variedades que se destacam na adaptação ao Cerrado, a IACSP 95-5000 e a IAC 91-1099. As variedades também são destinadas à canavicultura moderna, que envolve a colheita mecânica crua e apresentam ótimos resultados nas condições de deficiência hídrica.
Segundo o pesquisador do IAC, Marcos Landell, a variedade IAC 91-1099 é destinada a solo fraco e tem colheita no início de safra até agosto, excelente performance e grandes ganhos de produtividade em relação ao histórico de áreas como Goiás. Já a IAC 95-5000 exige solos melhores, mas tem boa performance para meio e final de safra.
De acordo com Landell, as variedades foram desenvolvidas através de melhoramento convencional. “Nossas variedades estão no escopo do melhoramento convencional, nós não falamos ainda em material transgênico. Acredito que eles só cheguem para o cultivo perto de seis a dez anos, aí teremos esses materiais sendo oferecidos para o produtor”, afirma o pesquisador do IAC.
O Instituto Agronômico também tem trabalhado com tipos de cana com alto teor de sacarose, biomassa e teor de fibra maior que as de hoje. “Essas canas nos exercícios que fazemos, vamos sair de produção de sete mil litros de etanol por hectare para perto de 20 a 25 mil litros de etanol por hectare”, disse o pesquisador em entrevista ao programa Mercado & Cia, apresentado por João Batista Olivi.