DA REDAÇÃO: Café – Bolsa de NY encerra em queda com chuvas e dólar em alta no Brasil

Publicado em 25/09/2014 18:29 e atualizado em 26/09/2014 13:55
Café: NY devolve ganhos da sessão anterior e entre os motivos da queda estão as boas perspectivas de chuvas para as regiões produtoras do Brasil e a valorização da moeda americana.

A Bolsa de Nova York para o café arábica registrou preços consideravelmente mais baixos na sessão desta quinta-feira (25) devolvendo grande parte dos ganhos da sessão anterior. O mercado foi pressionado pela questão cambial e a previsão de chuva para as principais regiões produtoras de café.

O vencimento dezembro/14 registrou 182,30 cents de dólar por libra peso com 680 pontos de baixa, o contrato negociado para março/15 anotou 186,50 cents/lb e o maio/15 fechou com 188,95 cents/lb, ambos com queda de 675 pontos. O contrato julho/15 apresenta preço mais alto com 190,50 cents/lb e 665 pontos no negativo.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, afirmou que a volatilidade deve ser constante nas próximas sessões em Nova York. “Esse movimento vemos desde o início do ano com a seca. É bom sabermos que mesmo quando as chuvas se normalizarem isso vai continuar já que é impossível saber o tamanho da safra atual e da próxima, por mais que estimativas sejam feitas sempre há quem conteste”.

Segundo o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve produzir este ano 45,1 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado (arábica e conilon). O resultado representa uma redução de 8,16% ou 4.010 sacas a menos que as 49,15 milhões produzidas na última safra. 

Outro ponto ressaltado pelo analista é com relação aos estoques de passagem, considerado um dos menores da história da cafeicultura nacional.

Carvalhaes acredita que mesmo com a chuva nos próximos dias as perdas já estão concretizadas na próxima safra. “A chuva vai estancar as perdas, mas engenheiros agrônomos acreditam em perda grande para a safra do ano que vem” afirma.

Ainda de acordo com o analista, uma subida de patamar mais consolidada poderá ser vista apenas em dezembro ou janeiro quando ficar claro o tamanho da safra 2015. No entanto, a oscilação pode continuar a medida que especulações chegam na bolsa.

O mercado interno continua realizando poucos negócios independente do dólar e da bolsa, deixando assim, as praças de comercialização operando dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas. Para Carvalhaes, o produtor deve programar as vendas nos dias de alta e não segurar todo o café.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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