EXCLUSIVO: Com redução da renda, produtores do oeste da Bahia apoiam prorrogação da dívida agrícola

Apesar dos resultados positivos da safra 2009/10 no oeste baiano, a renda do produtor rural não segue o mesmo caminho e os valores atuais não são os ideais e suficientes. “Nós produzimos bastante e ganhamos bem menos do que no ano passado”, afirma Vanir Kölln, presidente do Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães.

Diante disso, a bancada ruralista já se reuniu com o Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para discutir uma prorrogação da dívida agrícola. Segundo Kölln, é necessária a implantação de uma política de apoio duradoura, de longo prazo, que possa abranger mais questões do que somente a falta de infraestrutura e de logística, por exemplo. “A agricultura é a grande alavanca do progresso, todos esses empregos, superávit do PIB. Então, é extremamente importante, até por uma questão de nacionalismo, que a agricultura se mantenha”, diz o presidente do Sindicato de Luis Eduardo Magalhães.

O Brasil apresenta uma política de comercialização e não uma política agrícola. Resultado disso são os leilões de PEP para milho que aconteceram na última semana. Para Vanir Kölln, a Conab deve estudar e implantar uma nova estratégia de ação que possa atender as necessidades dos agricultores.

Uma divergência acontece com o milho safrinha que é produzido em Mato Grosso e Goiás ao mesmo tempo em que a safra de milho no oeste da Bahia. De acordo com Kölln, os dois produtos deveriam ter destinos diferentes, de forma que não fiquem os dois circulando no país. “O governo tem a obrigação de achar uma nova alternativa para esse milho [safrinha]. A coisa é bem mais complexa, não é um mero PEPRO ou PEP”, diz.