EXCLUSIVO: Mercado do arroz está na dependência do governo para recuperação de preços

Publicado em 08/04/2011 12:09 e atualizado em 08/04/2011 17:29
Arroz: pico da colheita deprime ainda mais os preços. Mercado só muda com intervenção do governo. No entanto, burocracia e falta de bom senso para os ajustes dos mecanismos de comercialização, travam negócios.

O momento é delicado para os arrozeiros. Em fase de colheita, o mercado segue pressionado com o aumento de produto no mercado; as cotações despencam vertiginosamente. De acordo com o analista da Arroz Sul, Rafael Freitas, o preço pago ao produtor hoje em Pelotas- RS gira em torno de R$ 20,00 "O preço mínimo do arroz está em R$ 25,80 e a gente não está conseguindo chegar nesse preço. o mercado ainda não conseguiu uma recuperação.", diz.

De acordo com o analista, o mercado segue na dependência de ações do governo para viabilizar uma recuperação dos preços. "O governo hoje sinaliza com alguns mecanismos e precisa rever algumas burocracias para poder andar melhor com esses processos, no caso, por exemplo, dos AGFs que já vem sendo anunciados, precisa haver uma flexibilização para credenciar mais armazéns no Rio Grande do Sul. A gente tem uma dificuldade muito grande hoje de espaço para colocar esse arroz do AGF", acredita.

De acordo com as estimativas divulgadas pela Conab, no lado da demanda há uma projeção de exportação de 600 mil toneladas para este ano safra. O estoque final no mesmo período deve chegar a 1,9 mil toneladas, com um aumento de 60% em relação ao ano passado.
Rafael ressalta a importância de retirar as sobras de arroz do mercado interno "Temos que buscar alternativas para exportação e também contar com o apoio do governo para subir esse preço, se não esse pode ser um dos anos mais complicados do mercado de arroz", conclui.

O analista reivindica que os produtores segurem as vendas neste momento até que os mecanismos de apoio do governo sejam implementados " Eu acredito que para a próxima semana nós vamos ter algumas novidades interessantes em termos de contrato de opção e AGFs", aponta.

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Por:
Aleksander Horta e Marília Pozzer
Fonte:
Notícias Agrícolas

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