EXCLUSIVO: Situação ainda é crítica para os rizicultores brasileiros, porém medidas governamentais podem melhorar o cenário
A situação ainda é é complicada para os rizicultores brasileiros. Segundo o Vice-Presdente de mercado da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, os preços já registraram uma queda de quase 40% em relação ao ano passado e hoje estão cotados em torno de R$ 19,00 a R$ 19,50 no Rio Grande do Sul, valores bastante inferiores ao custo de produção estimado entre R$ 28,00 a R$ 29,00 e também ao preço mínimo, cujo valor hoje é de R4 25,80.
Com as medidas anunciadas pelo governo, a expectativa é de recuperação para o setor. Nesta semana, foi anunciada uma medida de aquisição de 1,2 milhão de toneladas do grão por meio de compra pública, remunerando o produtor em R$ 29,00 para 30 de novembro. Também há a questão da aprovação da Medida Provisória 519, que permite a doação de estoques governamentais de alimentos para assistência humanitária internacional e pode retirar dos estoques até 500 mil toneladas de arroz, e os contratos de opções público-privados. Marco Aurélio também lembra do anúncio do banco do Brasil sobre a prorrogação dos vencimentos de junho e julho para o final da última parecela. "Essas medida deverão aliviar a pressão da oferta nesses dois próximos meses", acredita.
Marco Aurélio também chama a atenção para agilização do credenciamento de armazéns junto a Conab com o objetivo de dar funcionalidade aos processo de compras do governo, como AGF, Contrato de Opções e PEP. "Isso pra mim é o ponto mais importante", diz. Segundo ele, está previsto que a presidência da Conab determine uma medida para agilizar esse procedimento.
Segundo o vice-presidente da Federarroz, com a concretização dessas medidas, o rizicultor pode esperar por melhores preços para as negociações futuras.