DA REDAÇÃO: Geada no MS afeta cerca de 50% da área de produção do milho safrinha, diz Fundação MS
Quanto à produção do milho, embora seja difícil de mensurar no momento, Luis Alberto estima que atinja uma redução de 25 a 30%. As plantações das áreas que tiveram menor prejuízo ou não o registraram “encontram-se em estágio avançado de desenvolvimento, quase maturação”, explica.
Em termos financeiros, um primeiro número estimando o prejuízo em todo o cone sul do estado chega a R$ 200 milhões. De acordo com o presidente da Fundação MS, há diversos comentários vindos dos produtores de que a geada devastou regiões onde elas quase não ocorriam. “Há relato de que há 40 anos não se via uma geada com a intensidade como essa dos dias 26 e 27.
A problemática é ainda intensificada, pois esses produtores realizaram o plantio do milho safrinha com atraso, devido à chuva excessiva durante a colheita de soja, “tivemos uma colheita muita turbulenta na região”, afirma. Foram registrados, segundo ele, 15 dias de chuvas ininterruptas nesse período, ocasionando uma perda de 30% na produtividade da oleaginosa nessas regiões.
Cobertura de seguro
O presidente Luis Alberto ressalta que uma pequena porcentagem desses agricultores prejudicados com a geada no milho safrinha e as chuvas na colheita da soja têm cobertura de seguro. “Essa é uma briga nossa, de longa data, que a gente possa ter um seguro agrícola mais eficiente”, defende.
Para ele, com o seguro eficiente, o reflexo negativo nas questões econômicas e sociais do Mato Grosso do Sul, em razão das fortes alterações climáticas, seriam amenizadas. Isso porque, embora o mercado esteja atualmente favorável para a soja e o milho, os produtores estão impedidos de usufruir desses bons momentos.