DA REDAÇÃO: Excesso na produção de arroz e feijão pode reduzir lucratividade
Números da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Ggeografia e Estatística) estimam que a produção nacional de arroz atinja 13,7 milhões de toneladas, quase 18% a mais que na safra anterior. Esse grande volume, somado ao arroz que vem da Argentina e do Uruguai, pode prejudicar o lucro dos agricultores brasileiros.
O feijão sofre o mesmo problema, já que a produção de 3,8 milhões de toneladas é quase 15% superior em relação à safra passada. “Sem dúvida, se vier a se confirmar esses volumes todos, vai haver uma pressão nos preços”, diz Marcelo Lüders, analista de mercado da Correpar - Corretora de Mercadorias.
“Particularmente, o mercado de feijão não acredita muito nesses números. Se houvesse esse volume todo de oferta durante este ano, por que o feijão estaria sendo vendido, hoje, ao produtor a 120, 125 reais?”, questiona o analista.
Porém, há uma preocupação de que a entrada de feijão irrigado venha pressionar negativamente os preços. “Isso efetivamente pode vir a acontecer, uma vez que ao longo do restante do mês de julho e também em agosto, deve- se colher a maior parte do feijão plantado em pivôs lá no cerrado”.
Fazendo um balanço, a expectativa é de que haja uma estabilidade nos preços, com uma leve tendência de baixa. Na região de Unaí, noroeste de Minas Gerais, os produtores vão colher uma boa safra. Já na Bahia, nas regiões que plantam sequeiro, como Euclides da Cunha, há um déficit hídrico, ou seja, esta chovendo menos que seria necessário. Por isso, a produtividade nesse estado deve ser menor.