DA REDAÇÃO: Com clima adverso e temor no mercado financeiro, cotações caem em Chicago
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, pediu nesta quinta-feira (14) ao Congresso que aprove o aumento do empréstimo nacional para evitar que os Estados Unidos entre em moratória. Assim, o mercado financeiro trabalha de mal humor e, somado ao clima adverso sobre a safra norte-americana, derruba as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT).
Direto de Nova Iorque, o analista da Newedge Corretora, Daniel D’Avilla conta que para a população do país, a situação econômica em crise não reflete no cotidiano das suas vidas, mas sim que a preocupação recai diretamente sobre os investidores que se sentem expostos ao risco e vendem suas posições compradas nas bolsas internacionais.
Para ele, a situação é mais uma briga política entre democratas e republicanos e que não há espaço para a principal economia do mundo ter o rebaixamento da sua dívida.
Assim, o pregão diurno na CBOT trabalha com o milho devolvendo os expressivos ganhos da última quarta-feira. Já a soja opera em terreno misto, pois, segundo Daniel, pouco ganhos ontem para ser perdido hoje. O suporte para os mercados está na adversidade climática para os próximos dias para as lavouras norte-americanas.
Há um anel de alta pressão sobre a região do cinturão de grãos que deixa o clima mais seco e quente, muito prejudicial para o desenvolvimento das plantas. O que o mercado espera é a confirmação desta previsão nos próximos 15 anos e, enquanto isso, muita volatilidade impera sobre o mercado e sustenta as cotações em patamares onde a demanda volta a aparecer.