DA REDAÇÃO: Diante da volatilidade do mercado, tendência para preços é de alta em Chicago e no Brasil
A volatilidade da incerteza climática no cinturão de grãos dos Estados Unidos faz os preços oscilarem nesta quinta-feira (21) na Bolsa de Chicago. Mas, trabalhando em terreno misto, a soja começa a se sustentar em seu próprio patamar à beira dos US$ 14,00 por bushel, contra o milho que perdeu mais de 20% do seu valor desde a projeção baixista do Departamento de Agricultura norte-americano divulgada no final de junho passado.
Apesar da fraqueza na demanda chinesa pela oleaginosa, o fundamento de que os estoques mundiais são baixos e a expectativa na colheita de uma safra normal sustenta o mercado. Já o milho não sabe a dimensão sobre suas perdas em produtividade na temporada, mas que o volume a ser colhido tende a não suportar a demanda para a produção de etanol, ração animal e abastecimento interno e mundial.
Segundo Carlos Cogo, consultor da Consultoria Agroeconômica, é possível que o excedente de milho exportado dos Estados Unidos para a China seja reduzido, na proporção de que a demanda para etanol e ração animal crescem juntos no mercado interno norte-americano.Diante disso, os asiáticos tenderão a negociar o cereal do Brasil e da Argentina.
No Brasil, as chuvas atrapalham a colheita da safrinha no Paraná que faz as espigas brotar no pé. Ou seja, já há sinais de que novas perdas serão calculadas nesta temporada de inverno, somadas com o déficit causado pela estiagem de março e a geada de junho.
Por outro lado, a demanda mundial aspira aumento nas safras de verão tanto para o milho quando para a soja que pode crescer até 6%. A tendência para o mercado interno é de alta, com a quebra na safrinha do cereal regulando o mercado exportador e o interno, enquanto que a soja já registra ganhos e podo registrar mais se o sojicultor continuar sabendo comercializar seu grão, afirma Cogo.