DA REDAÇÃO: Mercados caem na espera de uma decisão sobre dívida pública dos Estados Unidos
O pregão diurno aguarda a aprovação do Congresso dos Estados Unidos para aumentar o teto da dívida pública do país e enquanto isso, influência da crise de importantes potencias mundiais derrubam forte as cotações na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (02). Do lado fundamental, o reporte de 2 pontos percentuais para baixo sobre a condição das lavouras de soja que o Departamento de Agricultura (USDA) norte-americano anunciou ontem (1º).
Direto de Nova Iorque, o analista da Newedge Corretora, Vinicius Ito, avalia que o mercado começa a precificar a estabilização na condição das lavouras de milho depois que o USDA já apontou para queda em seu último relatório de julho. Após a tempo seco e o forte calor de atrapalhou o desenvolvimento dos grãos de milho, as previsões climáticas para o mês de agosto apontam temperaturas amenas e chuvas pontuais que deveram favorecer o desenvolvimento da soja.
Assim, se neste informativo o departamento aponta para apenas 60% das lavouras com oleaginosa em condições boas a excelentes, o prêmio climático precificado nas últimas semanas de julho pode ser retirado ainda nesta semana. Por outro lado, o USDA deverá reduzir o volume de exportações do grão da safra velha já que a demanda está mais fraca.
Porém, Ito afirma que enquanto não houver uma solução para a insegurança econômica que as grandes potencias mundiais estão enfrentando, o cenário será de muita volatilidade para os preços e, com as altas dívidas, as commodities tenderão a serem cada vez mais impactadas.
Para o produtor brasileiro, o analista aconselha vendas compassadas nos momentos de picos das cotações ou em patamares superiores a US$ 13,00 por bushel na CBOT.