DA REDAÇÃO: USDA confirma perdas e dá suporte para alta expressiva dos grãos em Chicago nesta quinta-feira

Publicado em 11/08/2011 13:31 e atualizado em 11/08/2011 17:22
Grãos: redução de safra e estoques pelo USDA faz preços explodirem em Chicago nesta quinta-feira. Apesar da incerteza econômica no mundo, fundamentos sustentam cotações no curto prazo, com espaço para novas altas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou hoje (11) mais um relatório de oferta e demanda, reduzindo surpreendentemente o rendimento da safra de soja e milho dos Estados Unidos, bem como, os estoques mundiais que já estavam baixíssimos. Como já aguardado pelos mercados, os grãos explodem na alta na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira.

Direto de Chicago (EUA), o analista Pedro Dejneka da RJ O’Brien explica que a incerteza sobre o futuro da crise financeira mundial faz com que investidores internacionais vendam suas ações especuladas nas moedas e volte a comprar posições nas commodities agrícolas para assegurar ganhos. “Hoje ninguém tem confiança em moeda alguma do mundo”, diz. Com isso, os grãos voltam a se beneficiar.

Diante do cenário apertado entre oferta e demanda de grãos no mundo, Dejneka aposta em novas altas no curto prazo, baseado nos termos fundamentais que abrem espaço em bolsas para alcançar novamente patamares de US$ 14/bushel e US$ 7/bushel. Para ele, nem mesmo o cenário macroeconômico foi capaz de derrubar tanto as commodities até a última semana e, agora, a força para subir está confirmada pelo USDA.

O conselho para produtores que tem grãos disponíveis da última safra é vender parte dos estoques para aproveitei liquidez de custos, assegurando vendas na alta expressiva do dia.

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Números do USDA

Para a soja, a estimativa de produção do departamento recuou de 87,77 milhões para 83,17 milhões de toneladas. O número ficou bem abaixo das expectativas do mercado, que eram de 86,38 milhões de toneladas.

O USDA reduziu ainda em 4,61% a produtividade média das lavouras norte-americanas de soja de 48,64 sacas  para 46,4 sacas por hectare. A área colhida também foi reduzida de 30,07 milhões para 29,87 milhões de hectares.

Milho - Assim como a soja, a safra de milho também sofreu redução. O departamento estima uma produção de 328,03 milhões de toneladas ante as 342,15 milhões de toneladas estimadas em julho. O volume ficou bastante abaixo das expectativas do mercado, que apostavam em uma redução, porém, para 332,32 milhões de toneladas.

O rendimento médio do milho foi drasticamente reduzido de 166 para 160,4 sacas por hectare, uma baixa de 3,59%. A área colhida também sofreu redução - de 0,59% - e foi de 34,36 para 34,16 milhões de hectares.

Estoques finais - As reservas da soja, safra 11/12, vieram em 4,22 milhões de toneladas. Em julho, eram 4,76 milhões de toneladas. O número também ficou abaixo do esperado pelos agentes, que apostavam em 4,68 milhões de toneladas. Para o ciclo 10/11, os estoques finais foram ampliados de  5,44 para 6,26 milhões de toneladas. A aposta do mercado, no entanto, era de 6,07 milhões de toneladas.

Para o milho, os estoques finais foram reduzidos de 22,10 para 18,14 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 18,82 milhões de toneladas, safra 11/12. Já para a temporada 10/11, as reservas finais foram calculadas em 23,88 milhões de toneladas ante as 22,35 milhões estimadas em julho. O mercado esperava por algo em torno de 23,4 milhões de toneladas.

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Por:
João Batista Olivi, Juliana Ibanhes e Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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