DA REDAÇÃO: Colômbia pode sofrer queda de 5% na produção de café pelo quarto ano consecutivo

Publicado em 12/08/2011 13:47 e atualizado em 12/08/2011 18:24
Café: produção da Colômbia deve perder 5% pelo quarto ano consecutivo. Faltam grãos de qualidade no mercado e Brasil é hoje o principal abastecedor mundial. Patamar de US$ 2,50/LP é muito baixo para cafeicultor, afirma analista.
Federação dos Produtores de Café da Colômbia divulgou que o país sofrerá uma diminuição na safra do grão, passando de 9,5 milhões de sacas (no ano passado) para 9 milhões, reduzindo, assim, em 5% a sua produção. Este será o quarto ano seguido de quedas no país.

Por esse motivo, a Colômbia não poderá compensar a menor safra brasileira de café em função da última geada que afetou o sul do estado de Minas Gerais, conforme foi sugerido pela OIC (Organização Internacional do Café). A OIC, além disso, divulgou que a intempérie no estado mineiro não trará grandes prejuízos para o Brasil e que a safra mundial 2011/12 será de 130 milhões de sacas de café, pouco menor que os 133,33 milhões da safra passada.

Crise
O analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, acredita que a crise atual dos Estados Unidos e da Europa será longa. Nesse contexto, o café poderá ser um dos produtos agrícolas com maior condição de sustentação dos preços, já que os fundamentos continuam bastante sólidos.

O valor do café na Bolsa de Nova York a US$2,50 “não é um preço espetacular”, diz o analista. Isso porque, é preciso considerar os preços históricos do café em dólar, cuja desvalorização tem se acentuado nos últimos 30 anos, sem contar o aumento do custo de produção no mundo todo.

Por fim, como a situação da crise econômica ainda é nebulosa, a recomendação aos produtores é vender o café aos poucos e, acima de tudo, não fazer dívidas a fim de segurar o produto. Embora haja crença de que o mercado estará melhor no final do ano, não há quem possa garantir isso. A crise não foi solucionada, foi apenas “empurrada para frente”, afirma Carvalhaes. Para ele, não foi tomada nenhuma medida efetiva para se conter, de fato, o déficit norte-americano.

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Por:
João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte:
Notícias Agrícolas

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