DA REDAÇÃO: Soja se recupera em Chicago com calma na macroeconomia e queda do dólar nesta quarta-feira
Com o mercado financeiro esboçando calma nesta quarta- feira (17) e o dólar recuando, a volatilidade dos fundamentos climáticos volta a influenciar forte na cotação do complexo de grãos na Bolsa de Chicago. A soja dos Estados Unidos que tem o período de desenvolvimento dos grãos em agosto ganha mais de 2 dígitos nos principais vencimentos, se recuperando das quedas recentes, enquanto que o milho realiza lucros após as fortes altas dos últimos dias.
Para Glauco Monte, consultor da FCStone, este é o típico dia em que o sojicultor brasileiro precisa avaliar sua relação de custos e lucros para fixar vendas no mercado futuro. É importante não esquecer que a crise financeira na Zona do Euro ainda é indefinida para o futuro da economia mundial e o risco de uma recessão põe em “xeque” também o futuro da demanda.
Diante dos levantamentos sobre quebra na produção de grãos nos países produtores do mundo, a consultoria alemã Oil Word estima que o fenômeno climático La Niña pode atrapalhar o desenvolvimento das safras de verão do Brasil e da Argentina já a partir de outubro. O centro-oeste brasileiro já enfrenta um longo período de seca nessa época do ano.
Monte afirma que a projeção da consultoria é apenas um alerta de que as mudanças climáticas, assim como já vem influenciando, pode atrapalhar mais a produção mundial da agricultura que é uma empresa à céu aberto. Assim, notícias como esta dão ainda mais embasamento e suporte para novas altas no complexo de grãos nas bolsas internacionais.