DA REDAÇÃO: Quebra na produção dos EUA sustenta preços, enquanto Brasil baliza estoques de passagem na entressafra

Publicado em 14/09/2011 18:53
Milho: quebra na produção anunciada pelo USDA sustenta preços com ganhos moderado em Chicago nesta quarta-feira. Situação da soja será definida apenas em outubro. No Brasil, estoques de passagem são baixíssimos nesta entressafra.

 

A sessão diurna desta quarta-feira na Bolsa de Chicago continua a refletir o último relatório de oferta e demanda divulgado na segunda-feira (12) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). A soja, que perdeu até 9 pontos nos principais contratos, acumula pelo terceiro dia consecutivo o aumento no rendimento da safra norte-americano, enquanto que o milho é sustentado pela quebra na produção. O trigo é influenciado pelo fundamento climático.

Segundo Paulo Molinari, analista de mercado da Safras e Mercado, apenas no relatório de outubro, com o levantamento final da safra nos Estados Unidos é que realmente será possível contabilizar as perdas totais causadas pela instabilidade climática que pairou por toda a temporada. Assim, a oleaginosa deve começar a recuperar seus patamares acima de US$ 14 por bushel, quiçá elevar seu teto e ultrapassar US$ 15.

Vale lembrar que a meteorologia para o Cinturão de Grãos norte-americano aponta para chuvas severas e geadas nas áreas produtoras, principalmente de milho e trigo. Bem como, a colheita dessas culturas já começou e, como movimento sazonal, pode pressionar o mercado.

Enquanto isso, os vencimentos futuros do milho na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) têm dia de queda, na contramão da alta nos negócios registrados no interior do Brasil, quando a colheita da safrinha caminha para a sua finalização. A saca de 60 quilos do cereal, com base em Campinas (SP), está sendo comercializado a R$ 33,00.

Para Molinari, após a quebra na produtividade da safrinha por conta da instabilidade climática, faz com que os preços se sustentam em altos patamares durante toda a entressafra, até meados de fevereiro, quando a safra de verão começará a ser colhida.

A situação se sustenta quando observados os baixíssimos estoques de passagem do Governo. O analista alerta que será preciso a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) regularizar os preços internos para que a competitividade com os altos valores internacionais não estimule ainda mais as vendas para fora antes do abastecimento interno com a próxima temporada brasileira.

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Por:
João Batista Olivi e Juliana Ibanhes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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