DA REDAÇÃO: Problema climático no Brasil assusta operadores em NY e fundamenta mais susporte de preços. Crise na economia breca
Os contratos futuros do café acompanharam a calmaria da quinta-feira (06) no mercado financeiro e encerraram o dia ganhando mais de 800 pontos na Bolsa de Nova York. Entre os fundamentos, a falta de chuvas nas lavouras do Brasil atrasa a florada, com risco de maior quebra na produtividade, assustando os operadores de mercado.
Para Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, apesar de se falar em grande safra no Brasil, a bianualidade da produção e os problemas climáticos devem manter a temporada brasileira dentro do esperado entre 54 e 55 milhões de toneladas, como estimou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última safra.
Segundo o consultor, o volume é suficiente para atender aproximadamente as 20 milhões de toneladas do grão para consumo interno e outro montante próximo a 40 milhões destinados às exportações. Diante disso, o consumo internacional precisará de outras produções para atender a demanda total do mundo.
Ainda que o Brasil trabalhe na expectativa de uma safra normal em 2012, Carvalhaes lembra que a severa estiagem sobre os cafezais deste ano acumularão sequelas no próximo e o país deverá produzir sempre na média estimada, sem aumento na produção. Assim como em 2013, outro ano de produção bianual, o volume não extrapolará o esperado.
Vale lembrar que as safras da Colômbia e do Vietnã também sofrem com a adversidade climática.
Mesmo com o cenário fundamento suficiente para sustentar os preços do café na alta pelos próximos três anos, o temor que a economia mundial vive frente à possível recessão mundial, pode perturbar o mercado do grão que caminha colado ao financeiro e sua volatilidade.