DA REDAÇÃO: Retração na área plantada e menor oferta garantem preços firmes para o feijão
Segundo o analista de mercado da Correpar, Marcelo Lüders, o clima em São Paulo deve ditar o ritmo dos preços até o final do ano. No entanto, nesta quinta-feira os compradores estão fora do mercado esperando para ver se na segunda-feira conseguem passar esses preços mais baixos para os varejistas. “A alta nos preços depende da presença de consumidores para os mesmos”, explica Lüders.
Quanto à rentabilidade, o analista explica que problemas no período de desenvolvimento das lavouras de feijão de sequeiro, que possui menor custo de produção, diminuíram a produtividade do grão. “Aquele produtor que está colhendo embaixo de pivô e está vendendo entre R$110 e R$130 com certeza está tendo rentabilidade”, afirma.
Já os leilões, não têm ajudado nem atrapalhado o produtor, pois o grão oferecido é de nota 6, não afetando o feijão mais claro que circula no mercado, de nota 8, 9 e 10.
A área da próxima safra, que será plantada em janeiro e fevereiro, deve ser estimulada pelos preços praticados no período, que devem ser bons, uma vez que o Paraná apresentou redução de 20% na área plantada da safra atual, assim como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sustentando os preços em patamares mais elevados em relação aos anos anteriores.