Entrada das safras de MG e GO deixa mercado do feijão em compasso de espera

Publicado em 19/01/2018 12:45
Estoques da safra passada, produto comercial do Paraná e chegada de oferta nova de MG e GO pode pressionar preços do feijão se demanda não reagir nos próximos dias

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Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE), destaca nesta sexta-feira (19) que o feijão carioca vem tentando sustentar seu preço acima dos R$100. Durante a semana, alguns negócios entre R$120 e R$125 também foram realizados em São Paulo. A oferta de feijão de menor qualidade advindo da safra paranaense vem segurando o mercado, que também está de olho nas safras de Minas Gerais e de Goiás.

As perdas no Paraná, contudo, não são suficientes para uma grande elevação de preços devido aos altos estoques do ano passado e à grande quantidade de plantio em áreas de irrigação. Há estimativas de que ainda existem mercadorias com qualidade razoável para serem comercializadas até o mês de fevereiro.

Ele aponta que, na pior das hipóteses, o mercado tende a seguir em estabilidade. As regiões de Rio Verde (GO) e Paracatu (MG) já começam a ter algumas áreas colhidas, com boa qualidade, devendo intensificar os trabalhos nos últimos dias de janeiro.

A demanda, por sua vez, começa a ficar mais forte em meados da próxima semana e a expectativa é de que ela siga aumentando. "Depois do Carnaval, o Brasil começa a entrar em sua normalidade", aponta Lüders. A estratégia de alguns produtores de feijão carioca, no momento, tem sido a de vender dentro desse preço uma parte do feijão e estocar alguma coisa para uma comercialização mais escalonada.

O feijão preto, por sua vez, tem um consumo um pouco menor, já que as regiões que mais consumem este tipo têm optado pelo carioca, em detrimento dos preços. O Rio Grande do Sul vai terminando a sua colheita, bem como o Sul do Paraná. Os preços giram em torno de R$110 a R$115, também com tendência de estabilidade.

Para o rajado, os preços estão entre R$120 e R$130, com pouca oferta e baixa qualidade. Ao longo de fevereiro e março ele tende a se valorizar ainda mais, já que as áreas plantadas são poucas.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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