Mês de junho pode ter vazio de oferta e novo patamar de preços para o feijão carioca
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Entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE sobre o Mercado do Feijão
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Mesmo com o pico da safra de feijão carioca no Paraná, os preços não devem ceder, segundo Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe). A razão é que muitos produtores do Estado coljeram 20%, 30% do que esperavam, alguns, inclusive, perdendo as lavouras.
Ele explica que desde o início do ano a previsão era de que os meses de março, abril e maio haveria uma oferta menor do produto, mas agora isso deve se estender até parte de julho.
De acordo com Lüders, o preço pago ao produtor pelo feijão comercial tem sido surpreendente, acima de R$ 250 a saca de 60kg. O feijão de boa qualidade essa semana chegou a R$ 330 a R$ 360, R$ 365 a saca, dependendo da região.
"Se hpouve algo acima disso, é um feijão que vai ser usado para para plantar,
um ponto fora da curva. Mas foi por aí que o mercado trabalhou, mas desde quarta (20) à tarde o mercado deu uma parada, ficou quieto".
O presidente do Ibrafe explica que o produtor não está forçando o mercado, até porque não existe grandde volume. Por outro lado, com feijão em patamares de R$ 250, R$ 280 a saca, existem muitos especuladores que entram quando o mercado está mais quieto, e especulam em possibilidade de alta.
"Quando o varejo não está demandando um volume menor, você tem essa tranquilizada no mercado, em mais alguns dias o pessoal vai trabalhar da mão para a boca".
O feijão preto está na faixa de R$ 270 a saca, e segundo as estimativas de Lüders, em cerca de 10 dias o feijão comercial acaba. "Depois acaba o de boa qualidade, e daí de onde vai vir o feijão? Tem uma ou outra lavoura sendo colhida em junho em Goiás e Minas Gerais, mas não supre a semanda".
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