Crescimento esperado em 30% para a suinocultura do sudeste em dezembro vai acontecer, mas o que rege os preços é a oferta X procura

Publicado em 08/12/2021 11:12 e atualizado em 08/12/2021 13:03
Alvimar Jalles - Consultor de Mercado da Asemg
De acordo com especialista, mesmo com perspectiva de aumento, a sazonalidade não é soberana, e lei da oferta e da procura se sobrepõe

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Entrevista com Alvimar Jalles - Consultor de Mercado da Asemg sobre o Mercado dos Suínos

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Tradicionalmente o mês de dezembro costuma ser positivo para a suinocultura, devido às festividades de final de ano. Entretanto, segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, essa melhora para o setor foi frustrada pela oferta maior do que a demanda no Brasil.

Jalles explica que as projeções para a suinocultura da região Sudeste do país em dezembro sempre foram de crescimento em torno de 30%. "Mas a sazonalidade não é soberana, nem dezembro positivo de vendas ou janeiro mais fraco. O que é soberana é a lei da oferta e da procura, e o sentimento de emrcado", disse. 

Outro ponto ressaltado por Jalles é que não se pode dissociar um Estado ou uma região do restante do país, uma vez que todas as áreas produtoras estão interligadas. "A oferta de animais, cortes, carcsaças do Sul do Brasil vindo para o Sudeste acaba fazendo com que os frigoríficos proponham preços mais baixos aos produtores independentes", explica.

Entretanto, no caso de Minas Gerais, na última quinta-feira (2) quando foi negociada a Bolsa de Suínos do Estado, o preço sugerido pela Asemg e que foi praticado no mercado foi de R$ 7,50/kg vivo, mesmo com os frigoríficos tentando baixar para R$ 7,00/kg vivo.

Sobre as exportações, o consultor da Asemg pontua que a China já vinha reduzindo as compras de grandes players, como Estados Unidos, Canadá e União Europeia desde março desde ano, e vinha mantendo o ritmo com os embarques brasileiros. Entretanto, desde novembro tem sido visto um movimento de redução no preço pago por tonelada o que, por enquanto, ainda não deixa de remunerar o exportador, mas a queda em volume, sim, preocupa. "Vamos ver ao longo dos meses como a China deve se comportar no mercado, já que é um país que preza pela segurança alimentar, e também a Rússia, que recentemente anunciou que vai retomar a comprar carne suína brasileira", disse.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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