Com casos ativos de gripe aviária nos EUA, especialista recomenda reforço nos cuidados com bioseguridade

Publicado em 25/03/2022 14:05 e atualizado em 25/03/2022 14:57
Luizinho Caron - Pesquisador da Embrapa Aves e Suínos
Ministério da Agrocultura criou programa de monitoramento para vigilância de pontos de entrada e concentraçãode aves migratórias

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Entrevista com Luizinho Caron - Pesquisador da Embrapa Aves e Suínos sobre a Gripe Aviária nos EUA

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Com casos de gripe aviária se espalhando pelo hemisfério Norte, especialmente nos Estados Unidos, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nesta quinta-feira (24) uma mobilização setorial, em uma campanha com o objetivo de reforçar os cuidados sanitários nas propriedades avícolas de todo o país. De acordo com Luizinho Caron, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, apesar do fluxo de aves migratórias para o Brasil ser pequeno, este é o momento para reforçar os cuidados com a bioseguridade.

Conforme explica Caron, os surtos da doença se iniciam, geralmente, no leste da Ásia em locais de alta concentração de aves silvestres e de criações domésticas, mais suscetíveis à exposição às diferentes cepas do vírus.

Com as migrações, a dornça vai se espalhando pela Europa, e acaba chegando à América do Norte, no Canadá e Estados Unidos. Em relação aos Estados Unidos, nó neste primeiro trimestre já foram registrados casos tanto em aves silvestres como em granjas comerciais de frangos de corte e de galinhas poedeiras. 

Informações da agência internacional de notícias Reutes dão conta de que até a metade deste mês cerca de 6,7 milhões de galinhas e perus criados comercialmente morreram ou foram abatidos nos Estados Unidos devido à patologia, sendo então o maior surto da doença em aves no país desde 2015, quando quase 50 milhões de aanimais morreram. 

O pesquisador pontua que além de o Brasil não ser uma importante rota de aves migratórias, há medidas previstas em Instruções Normativas do Governo que ajudam a proteger as granjas comerciais da doenças. Como exemplo, Caron cita que granajs só podem ser construínas a, no mínimo, 10 quilômetros de distância de corpos d'água (locais de concentração de aves silvestres), além da necessidade de instalação de cercas nas prorpiedades, telas anti-pássaros nos galpões e regras para desinfecção de roupas e calçados de funcionários das granjas.

"Não conseguimos quantificar o quanto estes novos surtos dos Estados Unidos podem ameaçar a avicultura brasileira, mas é fato que o momento agora é de reforçar as medidas de biossegurança. Uma granja afetada pode comprometer o país todo, tanto na questão epidemiológica quanto na comercial, uma vez que o Brasil está na liderança das exportações de carne de frango no mundo", pontua.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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