Suinocultura catarinense abre 2023 com dificuldade, e produtor independente tem prejuízo médio de R$ 215,00 por animal vendido

Publicado em 24/01/2023 15:08 e atualizado em 24/01/2023 18:56
Losivânio de Lorenzi - Presidente ACCS
Segundo liderança local, há preocupação com o crescimento de planteis de grandes integradoras, baixo poder aquisitivo do brasileiro e exportações menores para a China

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Suinocultura catarinense abre 2023 com dificuldade, e produtor independente tem prejuízo médio de R$ 215,00 por animal vendido

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O primeiro semestre do ano deve ser de dificuldades para o suinocultor de Santa Catarina, segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi. Segundo ele, no mercado independente, atualmente o produtor tem prejuízo médio de R$ 215,00 por animal vendido. Ele detalha que integrados também tiveram preço de venda do animal reduzido na primeira quinzena de janeiro.

"Há uma dificuldade no poder de compra no mercado interno, e a China, principal importador, vem diminuindo as compras desde o ano passado", explica. Soma-se a isso a preocupação com a queda do preço do suíno na China, que pode pressionar os valores pagos pela carne importada. 

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Mesmo que o Estatdo tenha atingido recorde nas exportações da proteína em 2022, os embarques ainda não foram suficientes para escoar o excedente de produção, já que, segundo Lorenzi, houve incremento no número de matrizes em Santa Catarina.

De acordo com a liderança, nos primeiros 15 dias do mês, no comparativo com os valores praticados na última semana de dezembro, o suinocultor independente sofreu perda no valor de venda do animal na ordem de 14%, enquanto o integrado, em 4%. Ele explica ainda que esta crise, que se arrasta desde meados 2021 prejudica, principalmente, os pequenos e médios suinocultores, e que ao longo deste processo, alguns até desistiram da atividade.

Em relação aos frigoríficos, Lorenzi aponta que com a redução no número de criadores no mercado independente, os pequenos e médios abatedouros podem entrar em risco de fechamento, uma vez que as fontes de fornecimento de animais para abate podem diminuir. Os grandes, por sua vez, estão priorizando aquelas granjas, integradas ou não, que sejam próximas à planta frigorífica devido aos custos logísticos, também dificultando a vida do suinocultor que está distante. 

 

 

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Por:
Letícia GUimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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