Lavouras de trigo apresentam boas condições em Cruz Alta (RS) e produtores seguem atentos aos fretes

Publicado em 02/08/2018 10:56
Adão Fernando Portinho Carpes - Diretor do Sindicato Rural de Cruz Alta -RS
Clima contribui para o desenvolvimento das plantas nesta safra. Área cultivada registrou alta de 5% a 10% nesta temporada e produtividade deve ficar próxima de 3,6 mil quilos por hectare. Saca é cotada a R$ 53,00 na região. Produtores seguem preocupados com o escoamento da safra devido ao impasse do frete.

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Entrevista com Adão Fernando Portinho Carpes sobre a safra do Trigo ena região de Cruz Alta-RS

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Na região de Cruz Alta (RS), as lavouras de trigo têm apresentado bom desenvolvimento até o momento. E, depois de julho com pouca luminosidade, o sol voltou a aparecer na localidade essa semana, juntamente com a queda nas temperaturas devido ao avanço de uma massa de ar polar.

O diretor do Sindicato Rural do município, Adão Fernando Portinho Carpes, ao contrário de outras regiões produtoras, a área destinada ao cultivo do cereal registrou incremento entre 5% a 10% nesta temporada. E os agricultores têm investido em alta tecnologia nas lavouras de trigo.

Com isso, a perspectiva é de uma boa produtividade nesta safra, próxima de 3,6 mil quilos por hectares. Por outro lado, a saca do cereal tipo pão é cotada ao redor de R$ 53,00 na região. "Abaixo desses patamares, a nossa lucratividade já fica comprometida. E os produtores que conseguem segurar o produto e vender de junho em diante acaba tendo melhores oportunidades", afirma a liderança.

Impasse dos fretes

A alta nos fretes atingiu toda a cadeia produtiva brasileira, em Cruz Alta, os produtores enfrentaram atrasos na entrega na ureia utilizada nas plantações de trigo. "Em algumas lavouras tivemos que atrasar o cronograma de aplicação de ureia. Além disso, também temos muita soja na região, que foi colhida na safra de verão, que precisa ser escoada", explica Carpes.

Atualmente, os negócios estão lentos e os pagamentos, antes realizados em até 72 horas, demoram até 60 dias para serem realizados. "Estamos agendando os carregamentos de soja para os portos e o retorno com os fertilizantes. Os valores são balizados pela nova tabela da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), negócios com preços fora da referência geram autuações para quem carrega e quem recebe", diz o presidente.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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