Após cinco meses seguidos de aumento no preço pago ao produtor de leite, novembro tem viés de baixa

Publicado em 04/11/2020 10:25 e atualizado em 04/11/2020 14:07
Rafael Ribeiro de Lima - Zootecnista - Scot Consultoria
A chegada de chuvas mais regulares nas principais bacias leiteiras do Brasil deve fazer com que produção aumente; demanda deve ter recuo

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Entrevista com Rafael Ribeiro de Lima - Zootecnista - Scot Consultoria sobre o Mercado do Leite

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Outubro trouxe aumento no preço pago ao produtor de leite pelo quinto mês consecutivo, mas apesar da alta, o zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima, novembro já aponta um viés baixista. Há perspectiva de melhores pastagens, o que melhora a produção, e de demanda desaquecida, entre outros fatores que devem contribuir para puxar os preços para baixo. 

O leite captado em setembro, cujo pagamento ocorreu em outubro, ficou em torno de R$ 1,85/L e R$ 2,50/L, a depender da região produtora, volume e bonificação por qualidade. Conforme os cálculos da média de 18 estaados produtores pesquisaados pela Scot Consultoria, o preço pago ao produto em outubro foi 1,9% maior do que em setembro e 33% superior do que outubro de 2019. 

"Isso aconteceu porque, historicamente, seria um mês em que começaríamos a sair do período de entressafra, mas com o atraso na chegada ds chuvas nas principais bacias leiteirs do país, a produção ainda ficou menor", explicou.

A produção de leite em setembro, na média geral, teve recuo de 0,5% no comparativo com agosto, e queda de 2,4% em relação à outubro. Apesar de a consultoria ainda não ter os dados de outubro consoliddos, a captação em outubro deve ser 2,3% maior que setembro, porém, 1,9% menor que outubro de 2019. 

"A expectativa para o pagamento de novembro é de um cenário baixista, levando em conta o aumento na produção de leite, com a chegada das chuvas, redução do valor pago do Auxílio Emergencial, altos custos de produção, puxados pelo milho e farelo de soja, e pela tradicional demanda desaquecida de fina de ano", afirmou.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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