Desafios ao setor leiteiro do Brasil devem continuar em 2022, aponta Rabobank

Após um ano de 2021 com pressão de custos de produção elevados e demanda desaquecida  para o setor leiteiro, de acordo com o analista do Rabobank, Andrés Padilla, o ano de 2022 para o setor deve continuar sendo desafiador. Ele explica que os preços do leite pago ao produtor devem seguir altos, porém, mesmo com um possível arrefecimento nos custos de produção, estes devem permanecer em patamares elevado, restringindo a rentabilidade do produtor. 

Mesmo com essa expectativa de leve baixa nos custos de produção, com a projeção da entrada de novas safras de milho e soja, a oferta de leite no campo não deve registrar crescimento muito expressivo, mantendo o ritmo de expansão próximo de 1% ao ano. "Essa captação menor esperada para o ano que vem é, em parte, motivada pelos desafios enfrentados pelo produtor em 2021, o quye gerou um desestímulo". disse.

Estes preços elevados no ano que vem devem ser sustentados pela menor oferta e também pela demanda na ponta consumidora, apoiada por programas de transferência de renda vindos do Governo Federal, como ocorreu em 2020. "No ano passado, houve alta no consumo inclusive de produtos com maior valor agregado, como leite consensado, por exemplo, justamente porque se tinha essa capitalização", pontuou.