Mercado está travado; como se fosse uma outra greve de caminhoneiros, parando o Brasil

Publicado em 12/06/2018 16:57
Edeon Vaz Ferreira - Coordenador Executivo do Movimento Pró-Logística
Entrevista com Edeon Vaz Ferreira - Coordenador Executivo do Movimento Pró-Logística sobre o Tabelamento dos Fretes

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Nesta terça-feira (12), Edeon Vaz Ferreira, coordenador executivo do Movimento Pró-Logístico, conversou com o Notícias Agrícolas para discutir a questão dos tabelamentos dos fretes para os caminhoneiros, que segue indefinida no país.

A ANTT ficou de reunir com os caminhoneiros na segunda-feira (11), mas estes não compareceram nas reuniões. Agora, todo o setor está aguardando por notícias do Governo nessa questão, já que o setor agrícola considera o tabelamento inviável.

Neste momento, para Ferreira, existe um "vácuo" e um entendimento de que está valendo o primeiro tabelamento, o que o setor não concorda. Várias entidades estão entrando com medida judicial, já que acreditam que o frete é uma expressão de livre mercado e que deve-se achar outro caminho para regular esse mercado.

O Governo, por sua vez, teme uma nova greve dos caminhoneiros. Enquanto isso, o Movimento Pró-Logístico estuda outro caminho que não seja o tabelamento, mas que também possa propiciar o mínimo de ganho para os caminhoneiros.

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Por:
João Batista Olivi
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

    Acredito que, tirando os tributos sobre o óleo diesel, seria essa a medida certa, uma vez que o tabelamento fere a lei da oferta e procura...., quando o óleo diesel baixou para R$ 2,50 a nível de de bomba no Paraná (em meados de 2017), ficou razoável para os frotistas e caminhoneiros. O tabelamendo mínimo ideal seria 1,50 litros de diesel para um veiculo bi-trem de 7 eixos para uma distancia média de 700 Km... Frizo bem -- o frete mínimo..., já o maximo ficaria por conta da Lei da oferta e procura... Um litro e meio (1,50 litro) por Km rodado em uma distancia média de 700 Km, sem a obrigação de pagar para voltar vazio.

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      Antes da greve, o frete cheio (caminhoneiro + margem da transportadora + pedagios) de Campina da Lagoa para Paranaguá (685 Km) girava em torno de R$ 110,00 a 120,00 por tonelada de grãos, o equivalente a R$ 7,00 por saca de soja..., hoje, com a tabela divulgada, fica em torno de R$ 150,00 por tonelada, ou seja R$ 9,00 por saca de soja..., e, com a obrigação de pagar dobrado para voltar vazio, daria a bagatela de R$ 18,00 por saca de soja... portanto, totalmente fora da realidade.

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    • Tiago Gomes Goiânia - GO

      Paulo, na prática essa tabela vem sendo adotada na sua região? Ou esta havendo negociações fora da tabela?

      Fiquei sabendo que em alguns lugares já esta havendo acordos por fora da tabela, aumenta valor do frete, contudo não chega ao estimado pela tabela.

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    • Alam Brador Do Sul Santana do Livramento - RS

      Buenas, sou proprietário autônomo de caminhões (04 no caso) e lhes digo ...... o mar não está para peixe. Os atuais fretes, antes de tabela, são exatamente os mesmos de 07 anos atrás .... e os custos ????? os custos explodiram

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      Tiago em nossa região está o samba do "criolo doido", uma vez que não foi redefinida a tabela exata, estão todos perdidos nos embarques.

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    • Alam Brador Do Sul Santana do Livramento - RS

      Tiago, no RS as coisas estão andando muito lentamente, mas com preços abaixo da tabela. Todos envolvidos em transportes sabem que essa tabela não cola... Caso ela venha a ser efetivada, nestes patamares, haverá uma corrida de cerealistas e cooperativas para ampliarem frotas próprias, deixando pouco espaço para autônomos. Mas, sem um ajustamento, os autônomos estão morrendo aos poucos, então tá longe uma "solução".

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      No meu ponto de vista, a tabela de 30/05/2018 saiu equivocada, o frete do graneleiro saiu bem maior que os fretes da carga perigosa e frigorifica.

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    • Tiago Gomes Goiânia - GO

      Obrigado Paulo e Alam. O apoio ao quebrado setor de transporte poderia ser dado de outra forma..., definitivamente essa tabela mínima não é a solução.

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    • Carvalho Licinha Cassilândia - MS

      O que precisa deixar claro em toda essa negociação é que não se pode admitir o chamado "frete-retorno", pois toda carga tem origem e destino, as rodovias são pedagiadas nos dois sentidos, muitas vezes a distância a ser percorrida é a mesma ou até mais, assim sendo por que essa desigualdade???

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      O problema é fácil de resolver. Fala pro ministério da agricultura emprestar pra ANTT o funcionário que faz os cálculos do preço mínimo do trigo e milho. (???)

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