Agroindústrias e exportações estão sob risco com atraso da comercialização e escoamento dos grãos com apenas 30% da capacidade

Publicado em 13/06/2018 16:57
Arney Antonio Frasson - Presidente da ACEBRA
Comercialização segue travada e apenas quem precisa negociar aceita pagar as altas impostas pelo tabelamento dos fretes. De cada 100 caminhões que deveriam circular escoando a safra de grãos, apenas 3 estão transportando.

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Entrevista com Arney Antonio Frasson - Presidente da ACEBRA sobre o Frete Impactando no escoamento da safra

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Nesta quarta-feira (13), a Abiove, a Acebra e a Anec, entidades que representam quase que a totalidade da comercialização de soja, farelo de soja e milho no Brasil, divulgaram uma nota informando que não há negociações ocorrendo entre as entidades e órgãos do Governo Federal a respeito da fixação de preços mínimos de fretes de cargas.

Arney Antônio Frasson, presidente da Acebra, contou ao Notícias Agrícolas que a nota foi divulgada com o objetivo de esclarecer notícias de que isso estaria ocorrendo, o que não é verdade. Ele destaca que, em nenhum momento, as entidades concordaram com o tabelamento, pois entendem que essa é uma interferência ilegal do Governo em relações privadas.

Ele salienta que, desde o dia 30, quando a greve dos caminhoneiros se encerrou para a população urbana, o setor continuou travado. O movimento nas estradas é de apenas 30% a 40% do que deveria estar sendo transportado neste momento. A tabela aplicada pelo Governo, segundo Frasson, aumentou o valor do frete em 40% a 150% do que era praticado no mercado.

Quem está circulando com mercadorias, portanto, ou está pagando a tabela ou está descumprindo a lei. Como ninguém sabe os rumos da situação, os negócios futuros estão praticamente parados. "Não há segurança jurídica para transportar na data de hoje", avalia.

Ele toma como exemplo o transporte de uma tonelada de soja de Cascavel (PR) para Paranaguá (PR). Antes, com todos os custos, pagava-se cerca de R$100 por esse frete. Agora, os valores estão por volta de R$144, deixando um prejuízo de R$20 para os produtores, já que a margem da soja gira em torno de R$20 a tonelada.

Frasson ainda ressalta que o Governo ficou "refém" do movimento grevista e que o setor está cético quanto à solução do problema por essa via. Dessa forma, muitas empresas correm atrás de liminares.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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