Milho: Com margem ajustada, área cultivada na 1ª safra tem queda de 33% no Paraná

Publicado em 19/10/2017 10:19
Confira a entrevista com Marcelo Garrido Moreira - Economista do Deral
Produtores deverão semear 343 mil hectares nesta safra. Cerca de 76% da área já foi plantada e produção está estimada em 3,1 mi de toneladas. Volume é suficiente para atender a demanda do estado. Preços estão próximos de R$ 20,00 a saca e custo médio por saca está entre R$ 19,00 a R$ 20,00.

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Milho: Com margem ajustada, área cultivada na 1ª safra tem queda de 33% no Paraná

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Marcelo Garrido Moreira, economista do Deral, destaca que o plantio do milho no estado do Paraná, após 40 dias sem chuvas, foi regularizado com o retorno das precipitações. Até o momento, 76% da área estimada para essa safra já foi plantada.

A janela de plantio do estado para o milho de verão vai do final de agosto até o mês de novembro. As condições de plantio não foram as ideais, mas os produtores conseguiram cumprir essa janela, sem efeitos para a produtividade de modo geral.

Como em outros estados, houve uma redução de 33% na área do milho neste ano, com produtores optando por plantar soja, que está na faixa dos R$60 a saca para o produtor, enquanto o milho gira em torno dos R$20 a saca.

O Paraná, apesar de a produção estar diminindo, é autossuficiente na questão do milho. Portanto, Moreira descarta qualquer problema de abastecimento.

Os produtores também não têm tradição de venda antecipada do milho. No médio prazo, o economista também não vê uma variação positiva para os preços praticados, a não ser que haja uma quebra de produção.

Muitos também já começam a pensar na safrinha do milho. Ainda não há dados oficiais, mas as compras de insumos já começam a ser feitas.

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Por:
Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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4 comentários

  • elcio sakai vianópolis - GO

    O milho verão na minha região também vai reduzir bastante..., o mesmo acontecerá na safrinha, já que 80 % dos produtores do milho safrinha nos municípios em torno de Brasília no ano de 2017 não tiveram lucratividade..., grande parte destes que não tiveram lucratividade ficaram no prejuízo.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Amigos, depois de escrever esse longo comentário abaixo (normalmente escrevo sem correção nenhuma, mando do jeito que sai e só vou ler depois de publicado), penso que os produtores tem o deve de ajudar nas correções e eventuais erros -- pois é dificil falar de um assunto relevante como esse, organizar o pensamento e dar sentido às palavras. O Valdir Fries, o Guilherme Lamb, eu e muitos outros comentaristas não podemos de forma isolada concluir uma empreitada dessa magnitude, pois que isso envolve aspectos politicos, sociais, culturais, economicos... É necessário que os produtores participem desse debate. Pensei agora também que o Sr. Meloni tem razão, o Noticias Agricolas replica as noticias e João Batista tem feito um excelente trabalho, colocando nosso site preferido em primeiro lugar entre os sites que tratam dos relevantes assuntos da agropecuária nacional. Eles estão fazendo a parte deles com esmero e maestria. É compreenssivel então que muito produtores reclamem do conteúdo das noticias publicadas, ao mesmo tempo em que é incompreenssivel que julguem a equipe do site como responsável pela influência exercida pelas matérias sobre o pensamento e as decisões dos leitores. É obrigação nossa, parafraseando o Dalzir Vitória, separar o joio do trigo. Precisamos de mais informação e não menos, precisamos de mais debate e não menos, precisamos articular melhor os anseios da classe produtora para fazer uma leitura realista da situação brasileira. Não podemos esquecer que o mercado possui outros agentes e todos querem ganhar, várias classes no Brasil também reclamam de falta de respeito, os professores, catadores de lixo e até mesmo os politicos... por incrivel que isso possa parecer... Cabe a nós, portanto, desmascarar as mentiras e atuar em favor do bem comum de forma que todos sejam beneficiados e para isso é preciso vontade de saber a diferença entre o que dizem os analistas, politicos, autoridades, especialistas.. e o que eles fazem na prática e quais são por fim os seus objetivos verdadeiros.

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    • Sidnei Pires de Carvalho Xique-Xique - BA

      Com certeza Rodrigo!!

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Onde estão os representantes da FAO, Roberto Rodrigues entre eles, Blairo papagaio Maggi, e inúmeros outros que gostam de dizer que a produção de grãos deve aumentar por que o consumo vai triplicar, quintuplicar, centuplicar? O Brasil é um país ótimos para calhordas, nenhum precisa se explicar. Li o título da matéria e fiquei pensando que o ajuste ocorre na produção e o preço é que está deprimido. Ajuste na safra devido à preços deprimidos e altos custos de produção. Poderia ser assim também, "Custos altos de produção e preços deprimidos inviabilizam a cultura de milho que sofrerá forte ajuste na área plantada em todo o Brasil. Ou ainda, Conab reduz produção de milho da safra 2018 em 5 milhões de toneladas e produtores acreditam que a redução será bem maior. Ou ainda, "Com custo de produção de 3000 reais por ha e preços deprimidos a cultura do milho é investimento de alto risco para o produtor rural". Amigos, comecei com essa brincadeira de jogar com as palavras por que pretendo esclarecer os produtores de que as noticias, principalmente dos órgãos oficiais, tentam sempre amenizar o problema enfrentado pela agricultura, especialmente depois de fortes intervenções governamentais no mercado, sejam manipulações da taxa de juros ou de cambio, ou mesmo outras politicas que impactam o mercado de forma direta ou indireta e nenhuma impacta tanto como os altos custos de produção devidos entre outras coisas à enorme tributação sobre insumos e infraestrutura. Na soja os altos custos são amenizados por alguns formadores de opinião devido à estimativa do Brasil ficar sem estoques no final de 2018 e uma perspectiva de melhores preços futuros. A noticia correta também poderia vir assim: Com consumo interno e exportações estagnadas projeções da FAO não se confirmam e autoridades brasileiras se equivocam causando graves prejuizos aos produtores rurais. Agora, mudando de assunto quero dizer que meus estudos sobre os custos de produção estão "parados" devido a dificuldades no armazenamento de dados em meu computador, o material arquivado está "sumindo" das pastas e é um problema que terei que resolver, alguma maneira deve haver. Quero também deixar uma opinião aqui, baseada no acompanhamento dos mercados acionários do mundo inteiro, o Brasil devia investir mais no comércio com a India do que com a China. Esses anúncios mirabolantes das autoridades chinesas estão cheirando à "rastro de onça". Da forma que olho o mercado o dinheiro está fluindo para a India e grandes estão fazendo grandes apostas no país. O Brasil dorme em berço esplendido sem entender nada, da forma que sempre foi e será surpreendido quando a India estiver despontado como um lugar de grandes oportunidades. Enquanto autoridades brasileiras, como verdadeiros idiotas, discutem a agenda globalista fomentada principalmente pela rede globo o dinheiro circula pelo mundo atrás de oportunidades. E por que isso não interessa ao governo brasileiro? Por que seria necessário abrir o comércio e diminuir impostos o que se choca frontalmente com as idéias distributivistas dos politicos brasileiros em geral. O quadro de mediocridade e insanidade do debate publico sobre as funções do governo é algo impressionante. Os produtores brasileiros não podem mais conviver com distorções na análise de dados, com o problema dos custos de produção muito acima do principal concorrente. Meu amigo Guilherme Lamb me mandou um link com um artigo do Glauber Silveira publicado aqui mesmo nesse site com uma avaliação muito semelhante à nossa. Deixo o link aqui, o artigo é de 2013, mas acredito que serve como comprovação de que as autoridades brasileiras não resolvem problemas cronicos da economia e que por isso volta e meia estamos atolados no mesmo buraco. https://www.noticiasagricolas.com.br/artigos/artigos-geral/125932-por-que-produzir-nos-eua-e-mais-facilr--por-glauber-silveira.html#.WesRHmiPKDI

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      cade o Rensi...sumiu...

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  • VALDIR EDEMAR FRIES Londrina - PR

    O que estamos vendo, aqui no PR, é muito plantio de soja sendo realizado, e poucas lavouras de milho implantada..., é o que constatamos no Estado do Paraná, enquanto que mais de 80 por cento da intenção de plantio da cultura do milho já se consolidou nos Estados do Sul do Brasil, principais produtores. Demais regiões produtoras de milho-verão ainda podem plantar, como os Estados de Goias e Minas Gerais entre outros..., porém, mesmo assim, a área de cultivo de milho da primeira safra 2017/18 não deve atingir 60 por cento em relação a toda área cultivada na safra verão 2016/17... Ao que levantamos, em contato entre produtores de rurais de todas as regiões do Paraná, o Estado nesta primeira safra de milho 2017/2018 deve plantar menos de 50 por cento da área se comparada com o plantio da primeira safra de 2016/2017. https://valdirfries.wordpress.com/2017/10/16/safra-201718-entre-trancos-e-barrancos-o-soja-avanca-e-toma-grande-espaco-do-milho/

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    • Jose Dionisio Manago Quedas do Iguaçú - PR

      Falam em redução de 33%, mas não admitem que grande percentual do restante plantado não irá se converter em grão, e sim em silagem...

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    • DIOGO SABIAO Araçatuba - SP

      Seria bom se houvesse um controle na produção de milho primeira safra, assim entraríamos na safrinha sem estoques e com preços mais remuneradores...

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    • Valcir Raimundo Ghizzoni GENTIL - RS

      Cada uma... Melhor ainda se só eu plantasse. Certo?

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