Pressão da safrinha chega ao mercado e preços do milho começam a recuar no Brasil; produtor evita vendas

Publicado em 19/03/2019 12:18
Étore Baroni - Consultor da INTL FCStone
Condições de clima para a segunda safra do Brasil e produção maior na temporada de verão criam cenário de pressão sobre as cotações. Exportações terão que fazer seu papel, bater em ao menos 30 milhões de toneladas para ajudar a equilibrar os valores.

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Entrevista com Étore Baroni - Consultor da INTL FCStone sobre o Mercado do Milho

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O bom desempenho da safrinha de milho no Brasil está começando a refletir nas formações de preços no mercado interno. Até o momento, a demanda interna tem apresentando uma melhora nas indústrias consumidoras e uma recuperação nas margens da carne neste ano.

De acordo com o Consultor da INTL FCStone, Étore Baroni, as condições climáticas apontam que as chuvas regulares que vão beneficiar o desenvolvimento da safrinha de milho que neste ano foi cultivada mais cedo devido ao clima favorável em diversas regiões. “Nós vamos ter neste ano, a colheita do milho safrinha em maio e acredita que na segunda quinzena vamos ter um bom percentual colhido”, comenta.

Em relação à comercialização do milho safrinha, os produtores rurais do estado do Mato Grosso estão bem adiantados nas negociações e tem 65% da produção comercializada. “O agricultor do estado do Paraná vem aproveitando pouco essa oportunidade, sendo que em alguns momentos os níveis de preços ficaram acima da paridade e agora as cotações estão por volta de R$ 26,00 a saca”, ressalta.

A expectativa é que tenha milho sobrando, pois os estoques estão relativamente cheios por conta de uma safra verão com boa produtividade e uma safrinha excepcional. “A partir de setembro e outubro vamos ter uma ideia um pouco melhor da exportação e vamos saber o volume exportado e se vai desinflar os estoques brasileiros para que a gente ganhe um pouco mais de preço”, afirma.

Partes dos produtores rurais aproveitaram e fecharam negócios ao redor de R$ 32,00 a R$ 35,00 a saca. “São bons níveis de preços considerando uma produtividade dentro da normalidade e à medida que o mercado esfriou o agricultor ficou cauteloso para realizar novos negócios”, pontua.

Para os próximos dias, o consultor aponta que as cotações internacionais não vão sofrer com grandes alterações. “Eu não vejo os preços em Chicago caindo muito não já que o mercado está de lado e vamos ter referências muito próximas ao que temos atualmente que é de US$ 3,60 por bushel independente de um pequeno aumento de área plantada nos Estados Unidos”, destaca.

Baroni recomenda que os produtores rurais avaliem os níveis de custo de produção e o fluxo de caixa para definir as estratégias de comercialização. “O agricultor precisa entender e avaliar muito bem o nível de preço ideal e se cobre os custos de produção. Para o produtor que não vendeu eu diria que perdeu o melhor momento em minha opinião, já a tendência é que os preços do milho fiquem pressionados”, conta.

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Por:
Carla Mendes e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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