Trajetória do dólar é de queda e pode chegar a R$ 3,50 no início do ano, independente de quem for eleito, diz economista

Publicado em 15/10/2018 15:07
Roberto Troster - Economista
Para economista, recuo do dólar vai ocorrer independente da escolha do novo presidente

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Trajetória do dólar é de queda e pode chegar a R$3,50 no início do ano, independente de quem for eleito, diz economista

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De olho na movimentação do dólar, o Notícias Agrícolas conversou com o economista Roberto Troster. Nesta segunda-feira (15), houve uma queda de mais de 1% na moeda norte-americana no Brasil. Desta forma, considerando os efeitos externos e das eleições, procuramos entender o que motiva os novos patamares.

Troster aponta que o mercado sinaliza que o dólar ainda pode cair mais. A incerteza a respeito da corrida presidencial está diminuindo e, como ele aponta, o programa econômico dos dois candidatos está convergindo um pouco mais. As expectativas, em qualquer um dos dois cenários, é de crescimento da economia, inflação baixa e retomada do emprego.

Nestas condições, "não há nenhum motivo para o dólar estar acima dos R$3,50". As incertezas ainda devem continuar presentes posteriormente à eleição por conta da composição de gabinete, das primeiras medidas e do teste de força com o Congresso, mas "o país é viável", na visão do economista.

Ele aponta que este valor ainda representa um "dólar bem generoso" para quem realiza negociações na moeda e que não existe uma unanimidade no mercado do que seria preferível na corrida para o Planalto.

Diante da tendência de queda, a demanda de alimentos deve crescer proporcionalmente. O agronegócio, como ressalta Troster, "é um setor dinâmico e aberto", de forma que deve continuar indo bem.

Dólar recua mais de 1% ante real com otimismo eleitoral e exterior (Reuters)

Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar terminou a segunda-feira com queda de mais de 1 por cento e abaixo de 3,75 reais, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana no exterior e com o otimismo renovado do mercado com a liderança de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à Presidência.

O dólar recuou 1,18 por cento, a 3,7342 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,7132 reais. O dólar futuro caía cerca de 1,40 por cento.

"Abrimos a semana com expectativas otimistas para os ativos nacionais, tendo como pano de fundo...a continuidade da leitura de que Fernando Haddad (PT) dificilmente conseguirá 'virar o jogo' contra Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial", escreveu a H.Commcor em relatório.

Esse cenário era corroborado por pesquisa encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, segundo a qual Bolsonaro tem 18 pontos de vantagem em relação ao candidato do PT Fernando Haddad entre os votos válidos para o segundo turno da eleição.

O mercado aguardava os números de pesquisa Ibope, cuja divulgação estava prevista para esta noite. A preferência do mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes, e a expectativa é de que eles imponham uma agenda de reformas, corte de gastos e ajuste fiscal.

Um pequeno fluxo de ingresso de recursos também favoreceu o recuo da moeda, já que ocorreu em ambiente de menor volume, inflando a trajetória do dólar, segundo profissionais.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas em meio a tensões geopolítica e ainda com dados de vendas no varejo nos Estados Unidos mais fracos do que o esperado em setembro.

A moeda norte-americana também perdia valor ante as divisas de países emergentes, com destaque para a lira turca, que subia pelo segundo dia após a após a libertação e o retorno do pastor norte-americano detido Andrew Brunson, o que elevava a esperança de alívio nas relações entre Estados Unidos e Ancara.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 3,85 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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3 comentários

  • Marcio Genciano Ivaipora - PR

    Pseudo-economista, esquerdista...

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  • João Carlos remedio São José dos Campos - SP

    Difícil acreditar que um economista fale isso com isenção..."dólar a R$3,50, independente de quem for eleito"; parece fala de um "esquerdopata", revoltado com a iminente vitória de Jair Bolsonaro na disputa pela Presidência do Brasil. A que ponto chegamos...; felizmente, essa "força maligna" está próxima do fim! Tchau queridos!!!

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    • Marcio Genciano Ivaipora - PR

      é uma pena que ainda tenha Pseudos Economistas, com intenções de iludir os desinformados..., logo, logo, veremos o dólar abaixo de R$ 3,50 mas consequencia da vitória de Bolsonaro...

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  • Alexandre Carvalho Venda Nova do Imigrante - ES

    O que esse senhor andou bebendo, antes de dar essa entrevista? Será que ele não anda acompanhando o movimento do Mercado Financeiro, nesses últimos dias? E o que aconteceu com o dólar e a BV assim que as pesquisas deram um crescimento vertiginoso de Haddad? Ele, por acaso, esqueceu que o dólar foi a 4,2077 dia 13/09, o maior valor desde 1995???

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