Pandemia na economia mundial vai atingir a todos, diz consultor do Banco Mundial

Publicado em 15/04/2020 16:13 e atualizado em 15/04/2020 19:48
Anibal Wanderley - Presidente da Cerensa
Pandemia na economia mundial vai atingir a todos? - Entrevista com Anibal Wanderley - Presidente da Cerensa

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Pandemia na economia mundial vai atingir a todos? - Entrevista com Anibal Wanderley - Presidente da Cerensa

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-- "Todo mundo será afetado..., sem tem alguém pensando que escapará dessa crise, está se iludindo", alerta o economista Anibal Wanderley, consultor do Banco Mundial, em entrevista ao Notícias Agrícolas.

Com base em um estudo publicado na revista "Science", o isolamento social poderá se estender até 2022. O estudo considera que, sem um tratamento adequado para o vírus, a paralisação afetará setores essenciais da economia mundial.

Segundo Anibal Wanderley, a articulação política neste momento é essencial para que o Brasil consiga enfrentar a recessão econômica. Sendo que essa recuperação só começará a ocorrer após a definição de protocolos de saúde, sendo que os próximos 3 meses devem ser os piores da crise. "Como podem haver pequenos surtos ao longo do tempo, é preciso ter protocolos sanitários bem definidos", explicou.

O economista prevê que a crise econômica terá um processo de recuperação a partir do segundo semestre do ano. "Para tanto, é necessário que o estado tenha articulação política para que isso ocorra. Quanto mais as pessoas sentirem que suas saúdes estarão protegidas, melhor serão suas atuações a favor da economia", disse o consultor.

Estudo prevê isolamento intermitente até 2022

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Os esforços de distanciamento social para evitar o colapso hospitalar diante da pandemia de covid-19 podem ser necessários, ao menos de modo intermitente, até 2022. É o que estima um grupo de pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, em artigo publicado ontem na revista Science.

Os cientistas buscaram avaliar, para os próximos cinco anos, quanto o novo coronavírus, que recebeu o nome de Sars-CoV-2, deverá persistir na população humana após o estágio inicial da pandemia. Uma resposta concreta, dizem, dependerá de sabermos exatamente quanto vai durar a imunidade humana depois da contaminação ou de tomar uma eventual vacina.

Para saber isso, serão necessários estudos sorológicos urgentes, que determinem a extensão da imunidade da população, se ela diminui com o tempo e a que taxa. Essa vigilância epidemiológica, dizem, deve ser mantida nos próximos anos para antecipar a possibilidade de ressurgimento. O grupo, liderado pelo epidemiologista Marc Lipsitch, elaborou vários cenários de transmissão da doença até 2025, usando estimativas de sazonalidade, imunidade e imunidade cruzada para outros coronavírus responsáveis por resfriados comuns, levando em consideração dados de séries temporais dos Estados Unidos.

Eles projetam que surtos recorrentes do Sars-CoV-2 no inverno provavelmente ocorrerão após a onda pandêmica inicial mais grave, assim como ocorre com outros vírus respiratórios. Sem outras intervenções - principalmente uma vacina, um tratamento específico ou um aumento substancial da capacidade de cuidados intensivos (UTIs) -, a forma de evitar o colapso do sistema de saúde pode ser um distanciamento social prolongado ou intermitente até 2022. "Intervenções adicionais, incluindo capacidade ampliada de cuidados críticos e uma terapêutica eficaz, melhorariam o sucesso do distanciamento intermitente e acelerariam a aquisição da imunidade do rebanho", escrevem.

Eles dizem que os estudos sorológicos vão determinar a extensão e a duração da imunidade. "Mesmo no caso de eliminação aparente, a vigilância de Sars-CoV-2 deve ser mantida, pois um ressurgimento do contágio pode ser possível até 2024", escrevem. Segundo os pesquisadores, a incidência total da doença nos próximos cinco anos dependerá criticamente de o coronavírus entrar ou não em uma circulação regular entre as pessoas, questão que está ligada à duração da imunidade. Para os resfriados comuns causados por outros coronavírus comuns entre humanos, a imunidade dura em geral um ano. Nas estimativas feitas no trabalho, os cientistas consideraram que a imunidade ao Sars-CoV-2 induzuda pela infecção poderia durar dois anos.

"O distanciamento altamente eficaz poderia reduzir a incidência de SarS-CoV-2 o suficiente para tornar factível uma estratégia baseada em rastreamento de contatos e quarentena, como na Coreia do Sul e Cingapura", escrevem eles. Do contrário, esforços de distanciamento menos eficazes "podem resultar em uma epidemia prolongada de pico único, com a extensão da pressão sobre o sistema de saúde". As informações são do jornal O Estado de S Paulo.

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Por:
Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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