O Agro mais uma vez é a salvação da economia do Brasil. A soja deverá bater novo recorde de produção

Publicado em 11/11/2021 18:06 e atualizado em 12/11/2021 10:47
O Agro mais uma vez é a salvação da economia do Brasil. A soja deverá bater novo recorde de produção
O Agro mais uma vez é a salvação da economia do Brasil. A soja deverá bater novo recorde de produção

BC anuncia saída de diretor Kanczuk em terceira mudança no alto escalão da autarquia no ano

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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central informou nesta quinta-feira a saída do diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, ao fim do seu mandato neste ano, no terceiro anúncio de partida da autarquia em 2021.

A renovação no alto escalão da autoridade monetária vem a despeito da possibilidade de recondução dos diretores, aberta pela lei de autonomia formal do BC sancionada neste ano.

Dentre os diretores indicados pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em 2019, ano em que assumiu o cargo, apenas Bruno Serra, de Política Monetária, seguirá na autarquia em 2022. O mandato de Serra vai até março de 2023.

Além dos nomes que escolheu, Campos Neto manteve no BC diretores que faziam parte do colegiado na gestão do ex-presidente Ilan Goldfajn, seu antecessor, e que seguem em seus postos até hoje: Carolina Barros (Administração), Paulo Souza (Fiscalização), Otávio Damaso (Regulação) e Mauricio Moura (Relacionamento Institucional).

O mandato de Kanczuk se encerra 31 de dezembro de 2021 e o economista-chefe da Itaú Asset Management, Diogo Abry Guillen, foi indicado por Campos Neto para o seu lugar, disse o BC, em nota.

Guillen também é professor vinculado ao Insper, sendo bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Princeton University.

Em março, o BC havia informado que a economista Fernanda Nechio deixaria o cargo de diretora de Assuntos Internacionais por razões pessoais, e que seria substituída por Fernanda Guardado, que assumiu em julho.

No fim de outubro, foi a vez de a autarquia divulgar que o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, João Manoel Pinho de Mello, também só permaneceria no BC até o fim do seu mandato, no encerramento deste ano. Para o seu lugar, Campos Neto indicou Renato Dias de Brito Gomes, professor da Escola de Economia de Toulouse e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique.

Tanto Gomes quanto Guillen ainda deverão ser sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sendo que as indicações precisam ser posteriormente aprovadas pelos senadores no plenário da Casa.

Além da atuação no BC no governo Jair Bolsonaro, tanto Kanczuk quanto Pinho de Mello assumiram cargos no Ministério da Fazenda do governo do ex-presidente Michel Temer.

Kanczuk foi secretário de Política Econômica de 2016 a 2018. Já Pinho de Mello foi, entre 2017 e 2018, chefe da assessoria especial para Reformas Microeconômicas, secretário de Promoção da Produtividade e secretário de Política Econômica, assumindo a cadeira deixada por Kanczuk.

Uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Reuters que os baixos salários da diretoria e a volumosa carga de trabalho e responsabilidade acabam abreviando o interesse na permanência no BC para os profissionais.

Segundo dados do Portal da Transparência, a remuneração básica bruta de Kanczuk em setembro foi de 10.396,59 reais e a de Pinho de Mello, de 17.327,65 reais.

Kanczuk e Pinho de Mello sairão do BC num momento em que a autarquia conduz um agressivo ciclo de aperto monetário para domar as persistentes pressões inflacionárias. Desde março, quando tirou a Selic de seu piso histórico de 2%, o BC já elevou a taxa básica em 5,75 pontos, ao patamar atual de 7,75%, indicando que deve promover outro ajuste na sua próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro.

A perspectiva é de que a inflação termine este ano em 9,33%, segundo economistas ouvidos pelo BC na mais recente pesquisa Focus, muito acima da meta central de 3,75%, com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.

Por conta do estouro, o BC deverá escrever uma carta aberta, no início do próximo ano, justificando ao ministro da Economia o porquê do descumprimento da meta de inflação.

Bolsonaro critica Moro e diz que ex-juiz "não aprendeu nada" no governo

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira o discurso feito pelo ex-juiz Sergio Moro na véspera, durante o seu ato de filiação ao Podemos, e afirmou que seu ex-ministro da Justiça "não aprendeu nada".

"Vocês gostaram do discurso lido pelo cara ontem? O cara leu. Eu assisti porque foi meu ministro. Não aprendeu nada. Um ano e quatro meses ali e não sabe o que é ser presidente, nem ser ministro", disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Moro filiou-se na quarta ao Podemos em um ato visto como lançamento de uma candidatura à Presidência, e admitiu que pode vir a ser candidato, apesar de não ter assumido isso formalmente. Em seu discurso, criticou também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem condenou e mandou prender na operação Lava Jato, assim como o ex-chefe, Bolsonaro, e se colocou como mais um nome da chamada "terceira via".

Pesquisa Quaest/Genial divulgada na quarta-feira, mostrou o ex-juiz em terceiro lugar, bem atrás de Lula e Bolsonaro, e em empate técnico com Ciro Gomes (PDT). Em um eventual segundo turno, perderia por larga margem de Lula.

Dólar tem leve recuperação no dia após perdas da véspera, mas caminha para queda semanal

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passava a subir em relação ao real, depois de registrar queda nos primeiros negócios desta sexta-feira, mas caminhava para encerrar a semana com perdas após progresso da PEC dos Precatórios no Congresso ser apontado como possível motivo de redução da incerteza fiscal doméstica.

Às 10:10, o dólar avançava 0,22%, a 5,4152 reais na venda, depois de chegar a cair 0,18% na mínima do dia, a 5,3933 reais.

Na B3, o dólar futuro de primeiro vencimento tinha ganho de 0,42%, a 5,437 reais.

A alta desta manhã vem depois de, na véspera, a divisa norte-americana à vista despencar 1,80%, a 5,4031 reais na venda, mínima para encerramento desde o início de outubro. É comum, depois de movimentos expressivos na taxa de câmbio, haver uma realização de lucros.

Investidores também estavam elevando a cautela antes de um final de semana prolongado, já que na segunda-feira os mercados domésticos permanecerão fechados devido a feriado, disse à Reuters Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos.

Mesmo com a recuperação desta manhã, a moeda norte-americana continuava a caminho de apresentar baixa de quase 2% em relação ao fechamento da última sexta-feira, o que Nagem atribuiu ao noticiário em torno da PEC dos Precatórios. Caso isso se confirme, o dólar registrará sua segunda semana consecutiva de perdas.

Investidores têm mostrado otimismo em relação ao andamento da PEC no Congresso desde terça-feira, quando foi aprovada em segundo pela Câmara dos Deputados. A proposta modifica a regra de pagamento dos precatórios --dívidas do governo cujo pagamento foi determinado pela Justiça-- e altera o prazo de correção do teto de gastos pelo IPCA.

Em meio à percepção de que o governo vai, de qualquer maneira, fornecer auxílio à população de 400 reais por família em 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro deve tentar a reeleição, a PEC dos Precatórios passou a ser vista por muitos participantes do mercado como a alternativa de financiamento menos nociva à saúde das contas públicas.

Enquanto isso, no exterior, o índice do dólar rondava a estabilidade nesta sexta-feira, mas continuava em patamares elevados, acima da marca de 95,00, após dados de inflação norte-americanos desta semana elevarem as expectativas de aperto monetário mais cedo do que o esperado pelo Federal Reserve.

O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos teve em 12 meses o maior avanço em 30 anos, levantando dúvidas sobre a visão de autoridades do banco central do país de que a inflação é "transitória". Caso o Federal Reserve eleve os custos dos empréstimos para esfriar as pressões sobre os preços, o dólar pode ser beneficiado globalmente.

Queda da inflação na zona do euro pode ser mais lenta, dizem autoridades

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FRANKFURT (Reuters) - A inflação na zona do euro pode cair mais lentamente do que o esperado antes, em parte devido aos persistentes gargalos de oferta, mas o Banco Central Europeu não deve reagir com exagero removendo o estímulo rápido demais, disseram duas autoridades do BCE nesta sexta-feira.

A inflação foi acima de 4% no mês passado, mais de duas vezes a meta de 2% do BCE, devido ao aumento dos preços de energia e aos gargalos da cadeia de oferta da indústria, que estão sendo problemas maiores do que o imaginado há apenas algumas semanas.

O chefe do banco central finlandês, Olli Rehn, e Gediminas Simkus, da Lituânia, sugeriram que essas pressões inflacionárias poderiam durar mais tempo, mas mantiveram a visão do BCE de que o aumento dos preços é temporário, rechaçando sugestões de aperto da política monetária.

"A inflação na zona do euro ainda é principalmente transitória, embora alguns de seus componentes sejam mais persistentes do que se esperava antes", disse Rehn em conferência.

Os gargalos nas cadeias de oferta são um dos fatores que estão se mostrando mais duráveis, e Rehn argumentou que o bloco de 19 países não deve sentir grande alívio até o fim de 2022, o que também afetará o aumento dos preços ao consumidor.

Simkus também reconheceu que a inflação está elevada, mas projetou uma queda, mesmo que mais lenta do que previsto pelo BCE.

"Mesmo que tenhamos um certo aumento ou mesmo taxa de inflação mais alta...ela vai voltar a menos do que a meta em 2023", disse ele.

O BCE projetou em setembro que a inflação voltará a ficar abaixo de 2% em 2022, mas uma série de especialistas tanto do setor privado quanto da Comissão Europeia já reconheceram que o aumento dos preços não voltará a ficar abaixo da meta do BCE até um ano depois.

(Reportagem de Balazs Koranyi)

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Fonte:
Tempo & Dinheiro

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