Em Santo Ângelo/RS, colheita da soja deve começar na próxima semana; produtividade na região foi comprometida pela ferrugem asiática

Publicado em 13/03/2015 10:27
Safra 2014/15: Em Santo Ângelo/RS, colheita da soja deve começar na próxima semana e produtividade na região foi comprometida pelo intenso ataque da ferrugem asiática, caindo para algo entre 40 a 45 sacas por hectare. Preços na casa de R$ 63,00 remuneram o produtor, preocupação, no entanto, vem com a dificuldade para aquisição de crédito e a ineficiência do seguro agrícola.

Em Santo Ângelo (RS), colheita da soja deve começar na próxima semana. Região com 85 mil hectares de soja, onde a produtividade registrou grande irregularidade, comprometida pela ferrugem asiática.

Cláudio Duarte, presidente do sindicato rural, conta que a região apresentou grandes volumes de chuva, gerando bom desenvolvimento da planta, no entanto o controle da praga “não conseguiu chegar até o chão".

A projeção era de uma colheita de 50 a 60 sacos por hectare, com média da região de 42 sacos, no entanto a incidência de pragas que surgiram em função da umidade do solo, pode prejudicar a produtividade.

De acordo com levantamentos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção brasileira de grãos deve ficar em 93,26 milhões de toneladas. Contudo, Duarte considera que devemos chegar aos 90 milhões de toneladas, haja vista que os problemas com ferrugem asiática foram registrados em diversos estados do país, e o aumento de produtividade projetado em 16% não deve acontecer.

No entanto, mesmo com a quebra na produtividade os preços para a soja na região chegam a R$ 62,5 e R$ 63,00 reais, a nível de balcão. Para o produto disponível, há um aumento de R$ 3 a R$ 5 reais sobre o preço do balcão. E no mercado futuro, contratos com vencimento em maio de R$ 55,00 a R$ 65,00.

"A nossa região sofreu muito com a cultura do trigo e do milho, então se espera que a soja ajude a cobrir alguns gargalos das safras anteriores", declara Duarte.

Além disso, o produtor começa a se preocupar com a compra de insumos para a próxima safra, elevados pela desvalorização do real. "As próprias revendas de insumos não estão se estocando, em função de que esse preço pode oscilar para cima ou para baixo", explica.

 

Escassez de Crédito

De acordo com Duarte, os bancos vêm sinalizando valores inferiores ao disponível em outras épocas, contudo afirma que ainda há disponibilidade de recursos, com juros de 4%. "Eu não sei para a próxima safra a condição de recursos, pois a própria Ministra da Agricultura anunciou que terá uma redução nas liberações, com juros mais altos e prazos mais curtos", declara.

Esse cenário, de estabilidade econômica, preocupa o produtor, que segue com incertezas sobre o que fazer com a sua produção.

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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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