Safra 2015/16: No MS, soja deve apresentar alta de pelo menos 7% no custo de produção, que deve superar R$ 2300,00/ha

Publicado em 05/05/2015 10:36
Safra 2015/16: No MS, próxima safra de soja transgênica deve apresentar alta de pelo menos 7% no custo de produção refletindo a valorização de mais de 40% do dólar e superar R$ 2300,00/ha. Elevação mais forte deve ficar por conta dos fertilizantes, que respondem por mais de 17% dos custos. Atenção também aos juros mais altos de financiamento.
Os custos de produção para a safra 2015/16 para a soja transgênica no Mato Grosso, deve sofrer um aumento de pelo menos 7% de acordo com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Esse custo pode chegar a R$ 2.300,00/ha - contra os R$ 2.150,00/ha na safra anterior - como reflexo da valorização de mais de 40% do dólar, explica Adriana Mascarenhas, gestora do departamento econômico da Famasul. Os fertilizantes representam de 18% do custo total por hectare, de acordo com levantamento da Embrapa, e são os insumos que devem ter maior preso na composição dos custos.

Contudo, Mascarenhas considera que "os produtores de soja são extremamente profissionais e acompanham essa escalada do câmbio, então acredito que aqueles que possuem uma gestão de sua propriedade, certamente já tenham comprado esses insumos no momento em que o câmbio estava em patamares menores", afirma.

Para aqueles produtores que ainda não concluíram a compra dos insumos, é preciso estar atento ao aumento na taxa de juros dos Estados Unidos e aos ajustes fiscais na econômica nacional, que devem impactar diretamente na cotação do dólar.

"O cenário hoje é de cautela, temos o preço da soja não tão apreciado como em anos anteriores e um aumento no custo de produção. Então o que se desenha hoje é de uma rentabilidade de margem menor na cultura da soja", declara a gestora.

Adriana aconselha que os produtores devem ficar atentos a volatilidade no preço da soja, e aproveitar os picos para vender e garantir melhor remuneração ou relação de troca.

 

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Tags:
Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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