Produtores no Sul do Maranhão registram perdas de até 50% nas lavouras. Média do estado deve ficar abaixo de 38 scs/ha

Publicado em 08/03/2016 11:38
Volta das chuvas nos últimos dias não recupera perdas e produtores preparam mobilização em todo Matopiba para diminuir prejuízos

As primeiras lavouras começaram a ser colhidas no sul do Maranhão e o resultado tem ficado muito abaixo do esperado. Em algumas áreas a quebra chega a 50%.

Esse resultado é reflexo de uma combinação de fatores climáticos que dificultaram o desenvolvimento da cultura nesta safra. De acordo com o presidente da Aprosoja MA, Isaías Soldatelli, houve um atraso no inicio do plantio soja em função da falta de chuva no final de 2015, assim, muitos produtores só conseguiram realizar a semeadura em janeiro deste ano.

Posteriormente, no primeiro mês de 2016, as precipitações retornaram em grandes volumes - chegando a superar os 700 mm em algumas localidades -. Mas, essas condições não duraram muito tempo, já em fevereiro a seca tomou conta do Estado.

"Faz quatorze anos que estou na região e nunca tínhamos visto esse clima tão adverso", declara Soldatelli.

Segundo ele, apesar do percentual de colheita ainda ser baixo, na média do Estado acredita-se que a produtividade ficará abaixo das 38 sacas por hectares. "Nós temos relatos de produtores que abandonaram algumas partes das lavouras, e que vão deixar sem colher. Em outros casos, há agricultores colhendo 15 a 20 sacas por hectares", acrescenta.

Como medida de emergência na tentativa de minimizar os prejuízos, a Associação juntamente com os representantes do Matopiba irão pleitear frente ao Ministério da Agricultura alternativa para esse cenário que se estendem por toda a região.

De acordo com o presidente, municípios do sul do Maranhão já estão decretando estado de emergência para tentar garantir providencias do governo federal e estadual.

"Com essa produtividade não é possível sequer cobrir os custos de produção, e sabemos que em regiões de novas fronteiras agrícolas o produtor vem descapitalizado pelo investimento que precisam fazer nas propriedades", pondera Soldatelli.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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