Condições climáticas desfavoráveis ao fungo da ferrugem criaram a falsa impressão que controle foi eficiente na última safra de soja

Publicado em 14/03/2016 12:37
Produtores devem ficar atentos para adoção de ferramentas eficientes de controle dos fungos. Fungicidas protetores podem ajudar nesse processo

As chuvas abaixo da média e as altas temperaturas no norte do Paraná até a região nordeste do país impediram a propagação da ferrugem asiática na safra 2015/16. Assim, as condições climáticas desfavoráveis criaram a falsa impressão de controle da doença nesta temporada.

De acordo com o consultor da Tadashi Agro, José Tadashi Yorinori, a alta temperatura restringiu bastante o desenvolvimento da doença. "É muito importante que haja uma atenção redobrada dos órgãos de pesquisas e assessoramento para alertar quanto à necessidade de ter um controle eficiente na próxima safra. Mesmo porque os testes de fungicidas neste ano foram bastante prejudicados por não haver condições de testas novas moléculas que estão em desenvolvimento", alerta Tadashi.

Outra preocupação, segundo o pesquisador, é a continuidade nos esporos no campo, já que o controle foi menor, e que em alguns estados – como o Paraná - a cultura da soja safrinha ainda é implantada.

Os princípios ativos estrobilurina e triazóis são os mais utilizados atualmente, porém de acordo com Consórcio Antiferrugem inicialmente esses produtos apresentavam de 70% a 80% de eficácia no combate a doença, no entanto, desde 2014 as eficiências desses produtos caíram 30% a 20%, respectivamente.

"Se o clima mudar totalmente para o lado favorável a ferrugem na próxima safra, será um caos. Se hoje os produtores reclamam que o custo de produção está muito alto, um aumento na resistência pode piorar esse cenário", alerta Tadashi.

Além da perda na eficiência, as pesquisas para o desenvolvimento de novas moléculas também não apontam a criação de novos produtores pelo menos no prazo de 10 anos. Assim, medidas que evitem o crescimento de populações resistentes se faz extremamente necessário.

Neste sentido, os fungicidas protetores se apresentam como uma ferramenta importante no combate a resistência. Com sua ação multissítio de amplo espectro, o produto atua em vários sítios do fungo, dificultando assim a possibilidade de resistência dos fungos.

"Esses produtos de contato aumentam em 80% a eficácia dos sistêmicos, que precisaram sozinhos de pelo menos três aplicações para atingir esse percentual de controle. Além de controlar outras doenças que são muito importantes, e conhecidas como fim de ciclo”, explica Tadashi.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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4 comentários

  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    "É muito importante que haja uma atenção redobrada dos órgãos de pesquisas e assessoramento para alertar quanto à necessidade de ter um controle eficiente na próxima safra. Mesmo porque os testes de fungicidas neste ano foram bastante prejudicados por não haver condições de testar novas moléculas que estão em desenvolvimento", alerta o dr. Tadashi. Pára tudo. Pois até outro dia estes mesmos arautos do apocalipse diziam que não existiam novas moléculas sendo testadas, e que esperavam novos produtos somente para 2033 ou mais. Agora o entrevistado solta esta bola fora !!! Oh pessoal, vamos combinar antes as barbaridades que vão falar nas entrevistas. Assim fica muito fácil jogá-los no ridículo. Nem precisa ser investigador da Lava-Jato. Mais profissionalismo por favor. Então tá. Tem moléculas novas então...

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  • R L Guerrero Maringá - PR

    Bom, exigem que plantemos milho refúgio justamente para que as lagartas não-resistentes ao BT se multipliquem e cruzem com as resistentes.

    Será que o soja guaxo, não sujeito aos fungicidas, não funcionaria justamente como o refúgio do milho? Permitindo a multiplicação de cepas não resistentes de fungo? Mas não precisamos de soja guaxo para isso. Nem o Sr. Tadashi, nem ninguém, além de Deus, sabe quantas de nossas espécies de leguminosas das matas e campos nativos são multiplicadores de ferrugem. É fato! Dezenas de espécies multiplicam a Phakopsora, admita o sr. Tadashi ou não. E parece que isto é benéfico, por que são populações de fungo que podem ser vulneráveis aos fungicidas e vão cruzar com as resistentes.

    Será que as populações de kudzo da Flórida não são a chave da vulnerabilidade da ferrugem aos fungicidas nos campos de soja nos EUA? O inverno lá mata os esporos. Todo ano eles são novamente trazidos pelos ventos do Sul, a partir das populações de kudzo do México, Texas e Florida.

    O Sr. Tadashi acusa o poder político. E nós apenas imaginamos a quantas anda o poder do ego.

    Quanto a questão do clima desse verão no norte do Paraná, outra vez eu fico com a impressão de que não compartilhamos a mesma realidade. Foi o janeiro mais frio e úmido que eu me lembro.

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  • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

    Cai por terra toda argumentação contra a soja safrinha, haja vista que a região Sul do Paraná (Guarapuava, Ponta Grossa, Irati, etc), não plantam soja safrinha. A soja safrinha do Paraná está localizada na região Noroeste e Sudoeste, e vai muito bem com as lavouras bem tratadas. Na soja guacha, que é o grande vilão da ferrugem, ali não há nenhum controle ou trato cultural na resteva.

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      A região sul do Paraná, estão inciando a colheita da soja normal (soja de verão) que vai até o final de abril e inicio de maio, lá não existe soja safrinha, e sim soja verão. No Rio Grande do Sul também não plantam soja safrinha, então a argumentação contra a soja safrinha é totalmente improcedente e descabida na presente exposição.

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  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Que tristeza. Quanto falatório. Nem consegui assistir todo o vídeo. Ficou claro para mim que este espaço tem lado, e não é do produtor. A tentativa de criminalizar a safrinha de soja é ridícula. Que vergonha do Warti, como diz a piada. Dizer que as condições não foram propícias para o desenvolvimento da ferrugem é hilário. Onde tivemos altas temperaturas no Paraná, nos meses de novembro e dezembro, para frear a esporulação da ferrugem? Tivemos estes dois meses praticamente encobertos por nuvens, com temperaturas amenas. E estou escrevendo de uma região citada pelo entrevistado, ao sul de Campo Mourão. Dizer que o controle da doença foi mérito do clima é para parar o video e vomitar. Então, se chove muito não tem ferrugem. se chove pouco não tem ferrugem? Ora, decidam qual besteira vão falar. Faz tempo que estou de olho nas reportagens deste site, e todas são claramente contra a soja safrinha. Façam o que a imprensa correta deve e ouçam os dois lados.

    Fica a dica para os agricultores: não precisa usar fungicida se a temperatura for maior que 30ºc. PALHAÇADA!!!

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Esta aí o rei das balotas...fala sem comprovação científica para explicar as bobagens que falou inventa mais bobagens e monte de nó cego acredita piamente...e quem paga a conta com vazios e proibições é o produtor rural..

      Olhem as balotas...no triangulo mineiro a temperatura e chuvas foram normais...logo não procede...passei ontem em parte de Goiás e vi soja sendo colhida e parecia de excelente qualidade e produtividade...

      Fiquei em dezembro e janeiro 30 dias no sul do Brasil e o que o Marcelo descreve acima é verdadeiro e contraria o ISPICIALISTA...portanto vazios sanitários exagerados e bobagens de meio cientistas mostram que a PRATICA é DIFERENTE da TEORIA...ai para desdizer as bobagens que dizem continuam a insinuar..ha o próximo ano..ah não sei o que pois dizer que deixar de plantar é resolver problema e ainda por cima dizer que um grande especialista...ora qualquer ANALFABETO sabe que se não plantar não dá doença...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Lembro que o Rio Grande nao faz segunda safra..está colhendo a maior safra de soja da historia...a geada elimina por mais de 3 meses a soja guacha..e teve grandes incidencia de ferrugem...logo todas as suas TEORIAS foram por água abaixo...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Marcelo..escreva anexo quanto se gasta com controle de ferrugem na primeira safra e quanto se produz em sc...depois descreva quanta se gasta com controle de ferrugem na safrinha e quanto se produz em sc...vai me ajudar muito...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      por ha.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      ENGENHEIRO DE VERDADE SABE QUE ENTRE A TEORIA E A PRATICA TEM A PROBLEMATICA ------AS SALAS DE TESTE SERVEM PARA DESCOBRIR O

      QUE ESTA' ERRADO NA TEORIA -------

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      no verão gastamos uns 9,5 sacos por alqueire para produção esperada de 160 sacos. Na safrinha, gastamos uns 11,5 sacos, para produção esperada de 120 sacas. Mas esta última produtividade vem aumentando ano após ano, pois estamos descobrindo variedades mais adaptadas as condições da safrinha. O milho safrinha foi assim. Muito em breve teremos rendimentos de soja próximos ao de verão. Estes sujeitos não vão barrar produtores livres de produzir plantas lícitas. Vão ter que provar na justiça o que pregam, e arcar com eventuais lucros cessantes por uma proibição arbitrária. É bom que falem. Quanto mais provas, melhor.

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Será que li direito? Tá recomendando fungicidas protetores, o mesmo que anuncia neste site? Bom, vou dizer, quem usou isso aqui este ano, se danou. Não pode chover que lava. Vai recomendando isso , vai.

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    • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

      Marcelo e Sr Dalzir,fui a uma palestra deste senhor ,num lançamento de produto e lá questionei se eles pertenciam ao estado islâmico ou a al-qaeda,pois vão ser terrorista assim lá em Bagdá...

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    • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

      Por detrás destes picaretas estão além das multi de agroquímicos,a elite sementeira que fazem de tudo para que dificultar que o produtor possa salvar sua semente ,como preconiza a lei ,e sabem também que semente colhida na safrinha é nota mil

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Gastamos então 21 sacas de soja para produzir 280...ou seja 7,5%...portanto o valor gasto não é significativo para se tomar uma decisão radical de não plantar...é o que tenho escrito aqui ao longo do tempo...NÃO SABEM DECIDIR AVALIANDO CUSTO>>>RENDA E GRAU DE RISCO...coisa de técnico medíocre..igual a uma empresa onde um acionista que detém 7,5% das ações decide e impõe...ou um sócio minoritário definiu parar com um segundo turno da fábrica de produção de soja...só na Agropecuaria Brasileira..

      O tal Guerra do MAPA do MT não peita o MAPA com medo de perder emprego de 6 a 8 conto por mes....mas impoe ao produtor uma perda de renda significativa por picuinha técnica sem comprovação...e nossas lideranças estão onde!!!!!!levando vantagem na compra de sementes das multi..ou outras...e a classe perdendo renda..receita...com um problema que representa 7.5% dos custos...

      Estes pesquisadores de araque...deviam agregar ao produtor rural da seguinte forma...vamos buscar meios de reduzir os gastos da segunda safra de 11,5 para 9,5 e melhorar a produtividade de 120 para 160..isto sim é TRABALHO DE PESQUISA...

      Dias atras ví algo sobre votação do homen do ano da aprosoja...assisti vídeos de muitos tecnicos candidatos que não consegui saber o que o cara fez de relevante..ou seja nada...pura politicagem...

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    • sereno miglioranza mariopolis - PR

      Sr Tadashi Yorinori, creio que já é chegada a hora do senhor sair do escritório e vir pro campo aprender com nós produtores.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Gostaria de ouvir do site explicação sobre o questionamento do Marcelo Luiz...

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      Caro amigo João Batista, está na hora de fazer uma reportagem sobre a soja safrinha na região de Ubiratã, Campina da Lagoa, Campo Mourão, Juranda e também em Mariópolis, para comprovar cientificamente e economicamente a viabilidade dessa cultura, que é de extrema importância para reprodução de semente de qualidade nessa safra, já que a semente da safra de verão está toda comprometida com as chuvas na época da colheita.

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      Em tempo, deverá entrevistar diretamente os produtores envolvidos na atividade da soja safrinha

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      "SENHORES"!! O cartucho do JOÃO OLIVI está muito aquém da munição usada pelas companhias interessadas na criminalização da soja safrinha. Sinceramente esta é uma batalha entre "Davi X Golias". Lembram-se do movimento da soja transgênica? Seu cultivo era proibido no Brasil, mas durante anos metade do Estado do Rio Grande do Sul cultivava a mesma com sementes contrabandeadas da Argentina. Fica a pergunta que não quer calar: QUEM ASSINAVA OS RECEITUÁRIOS AGRONÔMICOS PARA O USO DE Round Up EM ÉPOCA TARDIA, APÓS PLANTIO? Se o Round Up fosse aplicado em soja convencional, ela junto com as ervas daninhas seriam dessecados! Há muita estória para ser contada.

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