Soja consolida movimento de alta em Chicago e encerra semana acima dos US$10,00/bushel

Os preços voltaram a subir para o mercado da soja nesta sexta-feira (7) na Bolsa de Chicago (CBOT), com mais de 15 pontos de alta.

Miguel Biegai, analista da OTCex Group, destaca que houveram algumas realizações de lucro ao longo do dia, mas fatores foram ocorrendo e fizeram com que este movimento fosse "engolido" por um movimento de compra muito maior.

De acordo com o gráfico de médias móveis destacado por Biegai, o canal de baixa foi rompido na última sexta-feira (30), mostrando que os patamares do mercado haviam mudado desde já. Com isso, o mercado entrou em uma tendência de alta.

A região Centro-Norte dos Estados Unidos receberam previsões de seca e os mapas começaram a mudar. Hoje, o bolsão de seca já atinge estados como Iowa e Illinois, que são fundamentais para a produção norte-americana, mostrando uma situação preocupante. O trigo primavera, em principal, se mostra mais complicado.

O mercado, assim, tem embutido um risco climático bastante forte em suas posições. A posição anterior, de 118 mil contratos vendidos por parte dos fundos, passou para 50 mil contratos até terça-feira.

Com isso, as cotações saíram de US$9,08/bushel e subiram para US$10,15/bushel. Biegai acredita que, por isso, haverá uma realização de lucros na próxima semana, sem indicar que a tendência foi perdida.

No Brasil, a comercialização ainda deve continuar até agosto, com os embarques de milho serem direcionados para os meses subsequentes. A medida em que os preços do cereal, que não consegue ter uma alta semelhante à da soja, vão subindo, haverá oportunidade para tal comercialização também.

Ele destaca que, quando a soja tem uma grande alta em Chicago, o consumidor chinês pode acabar cancelando compras dos Estados Unidos e direcionar para o Brasil.

Para os produtores, Biegai aconselha que a melhor alternativa para o momento é vender a soja e comprar uma call em Chicago para participar de futuras altas.