Em GO, produtores esperam chuvas e plantio da soja segue parado
Cristiano Palavro, analista técnico do IFAG, destaca que o plantio da soja no estado de Goiás está parado, aguardando novas chuvas. Alguns volumes caíram na virada do mês de setembro para outubro e alguns produtores, principalmente do sudoeste, iniciaram o plantio.
A área do estado plantada até o momento, portanto, está entre 5% a 6%. Logo depois, não foi possível realizar novos trabalhos. Essas áreas já plantadas também trazem preocupação, uma vez que não choveu nas próximas semanas.
Em relação a atraso, Palavro avalia que não há muitos problemas, uma vez que as melhores produtividades ocorrem nas lavouras plantadas após o dia 20 de outubro. Contudo, a preocupação que fica é em relação à janela da safrinha, uma vez que o sudoeste, que detém 80% do milho safrinha, costuma plantar mais cedo. A janela ideal do estado vai até o dia 20 de novembro.
Na manhã desta sexta-feira (20), o clima amanheceu nublado, com temperaturas mais amenas, o que indica que as chuvas devem chegar neste final de semana para o estado.
A área de soja deve ser 2% maior do que no ano passado, de 3.350.000 hectares. Porém, a produção total deve ficar um pouco menor, já que o clima não deve ser tão favorável: 10,4 milhões de toneladas, 5% a menos que ano passado.
As vendas antecipadas estão em torno de 18% a 20%, mais lentas do que a média dos últimos anos. Hoje, a soja balcão gira em torno de R$57, a soja disponível, R$62,50 e os preços futuros, R$62 a R$63, preços que devem trazer margens mais apertadas para os produtores.
O milho verão, por sua vez, deverá ter uma área de 240.000 hectares para este plantio, uma queda de 7% a 8% na área plantada. A janela para esse cultivo não é tão apertada quanto a da soja e a produção é pequena no estado. Além disso, o cenário pouco atrativo também influencia. Na média do estado, os preços giram em torno de R$22,42, mas há negócios sendo feitos acima desse patamar.