Soja em Chicago segue pressionada e com poucas perspectivas para mudanças até o final do ano. Oportunidade viria do câmbio
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Soja em Chicago segue pressionada e com poucas perspectivas para mudanças até o final do ano. Oportunidade viria do câmbio
DownloadNesta quinta-feira (16), o mercado da soja teve um dia negativo na Bolsa de Chicago (CBOT), com perdas de quatro a cinco pontos nos principais vencimentos.
Fernando Pimentel, analista de mercado da Agrosecurity Consultoria, destaca que essa queda, que vem sendo sinalizada desde o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é influenciada pela análise dos elementos climáticos que incidem sobre a América do Sul neste momento.
Assim, o mercado acomodou com as chuvas que se fizeram presentes no Cerrado brasileiro. Algumas posições foram vendidas e o mercado tende a ficar "de lado" até que haja algum tipo de evento que possa impulsionar as cotações.
Contudo, se algum problema for apresentado nas regiões produtoras neste momento, o mercado tende a apontar para alta nas cotações. Pimentel acredita, porém, que a tendência é que o mercado trabalhe na faixa dos US$9,50/bushel ao longo do primeiro trimestre de 2018.
Os produtores, portanto, devem ficar sempre atentos à tela de Chicago e, se a oportunidade vier, o analista aconselha a aproveitar a fixação de preços. Ele cita que a recente alta da moeda norte-americana também influenciou em um alto nível de fixação nos últimos 30 dias.
A participação ou não no mercado depende muito da condição dos produtores. A tendência, entretanto, é que estes não se movam rapidamente no mercado, no aguardo de melhores prêmios. Com as eleições de 2018, a questão cambial tende a ficar mais volátil. De acordo com o analista, este é um fator histórico.
O milho, por sua vez, que passou por uma etapa de grande depressão e agora já começa a recuperar seus patamares, pode ter uma maior volatilidade, como analista Pimentel. Haverá, novamente, um movimento muito forte de exportação de milho e um atraso na entrada de safra de soja, que abre espaço para a entrada de mais milho no porto. O cenário, segundo ele, será muito semelhante ao do início de 2016, mas com menos força