Soja tem 80% da área plantada em Carazinho/RS e registra bom início de temporada

Publicado em 22/11/2017 09:18
Produtores aumentaram plantio com a variedade RR1, que foi mais produtiva no ano passado, além de promover alguma redução nos custos de produção. Preços para o produto na cerealista, safra nova, entre R$ 64 e R$ 65 por saca. No milho, lavouras na fase de pendoamento.

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Soja tem 80% da área plantada em Carazinho/RS e registra bom início de temporada

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O vice-presidente do Sindicato Rural de Carazinho/RS, Paulo Vargas, destaca, em entrevista ao Notícias Agrícolas, que a safra 2017/18  da soja está com boas perspectivas e teve um bom início de temporada. Contudo, as janelas de plantio ficaram estreitas devido às chuvas, que acabaram dificultando a semeadura da soja em determinados momentos. Ainda assim, a região já conta com, aproximadamente, 80% da área plantada.

As chuvas localizadas de 85 mm a 120 mm causaram problemas de erosão de solo e alguns produtores tiveram que fazer o replantio. Ventos fortes também foram um problema no começo dos trabalhos de campo, mas pontuais e sem impactos muito severos.

Neste ano, os produtores locais optaram por aumentar o plantio da variedade RR1, sendo que os resultados foram melhores do que a Intacta no ano passado em produtividade. Dessa forma, Vargas estima que da área total sejam 60% de RR1 e 40% de Intacta este ano. “Além de baixar os custos de produção, pois não tem que pagar royalties. Então, o produtor vai aonde o bolso responde”, explica.

A preocupação dos sojicultores de Carazinho neste momento, porém, ainda é com o clima e as possibilidades crescentes de um La Niña no ano que vem. Confirmado, o fenômeno pode trazer algumas adversidades para a região e comprometer o potencial da safra, como a ocorrência de veranicos.

Além disso, ainda de acordo com o vice-presidente, é importante que o produtor esteja atento também aos seus gastos, visto que ainda não há certezas definidas sobre a produtividade “Tem que acompanhar toda a assistência técnica, para não haver gastos excessivos e nem gastos extras. E quanto melhor o produtor conseguir conduzir a lavoura, mais fácil será no final”, comenta.

Milho

Neste momento, as lavouras de milho estão em fase de pendoamento em Carazinho. Durante seu desenvolvimento, porém, sofreram com algumas chuvas de granizo. E assim como pôde ser observado em outros pontos do Brasil, a região reduziu sua área de plantio do cereal nesta temporada – iniciada em meados de agosto – em função dos custos elevados de produção e dos riscos climáticos. Além disso, a rentabilidade do milho não é boa.

Trigo

No município de Carazinho, a safra de trigo está encerrada. Alguns produtores não conseguiram boa qualidade, pois choveu no período da colheita. Além do que, o inverno foi muito rigoroso com duas geadas, as quais acabaram afetando o desenvolvimento da planta. Por outro lado, a demanda pelo trigo gaúcho neste momento é positiva – o que não é comum para o período – mas esse é um fator que ainda não reflete em preços melhores. Com valores entre R$ 30,00 e R$ 32,00 por saca, “o produtor que conseguir empatar já faz muito bem”.

O mercado de trigo enfrenta uma concorrência com a Argentina, na qual a FARSUL (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) apresentou um estudo sobre as diferenças entre os custos de produção de diversas culturas entre os países do Mercosul. Para Paulo Vargas, é preciso rever o acordo com o Mercosul. “Isso já vem de anos, não é de agora, por isso queremos cada vez mais melhorar a situação do produtor,” explica.

Preços

No mercado disponível, os preços para a soja giram em torno de R$ 69,00 a R$ 70,00 por saca. Já para preços de cerealistas, a média tem se mostrado nos R$ 64,00 a R$ 65,00. A comercialização está lenta, com poucas negociações para a nova safra. No caso do milho, a média das cotações tem R$ 26,00.

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Por:
Carla Mendes e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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