Clima pós feriado em Chicago com poucos negócios e mercado da soja refletindo melhora do clima na Argentina
Nesta sexta-feira (24), após um meio pregão na Bolsa de Chicago (CBOT), o mercado da soja teve quedas de 3 a 4 pontos nos principais vencimentos.
Miguel Biegai, analista de mercado da OTCEx Group, de Genebra (Suíça), destaca que o dia de hoje foi bastante calmo, já que houve uma movimentação bem lenta e sem muitas novidades no mercado.
Contudo, apesar de o dia ser calmo, ele respeitou alguns níveis técnicos existentes no mercado, segundo o analista. As cotações não conseguiram romper a resistência, estabelecida em US$10/bushel.
Neste momento, de acordo com o gráfico demonstrado por Biegai, as chances de um La Niña afetar a safra da América do Sul fizeram com que as cotações tentassem romper a tendência de alta, mas a força não foi suficiente.
Os traders estão "com medo" de passar o final de semana comprados a US$10/bushel, devido às mudanças que podem vir na próxima segunda-feira (27), explica. Até então, a tendência de alta não se faz presente há duas semanas, mas este fator não quer dizer que o mercado entrou em baixa: a tendência, no momento, é lateral.
Uma tendência de baixa, portanto, só entraria caso haja uma superoferta na América do Sul. Por enquanto, a questão climática também não é suficiente para alcançar os patamares mais altos.
A orientação de Biegai para o produtor é que vender quando se chega próximo dos US$10/bushel é uma boa estratégia para ir vendendo aos poucos. Para os produtores que possuem a possibilidade de fazer a participação de alta na Bolsa, essa também é uma estratégia recomendada.