Clima contribui e colheita da soja chega a 5% na região de Nova Mutum (MT)

Publicado em 16/01/2018 10:46
Com atraso no plantio, colheita ficará concentrada no final de janeiro e no mês de fevereiro. Chuva segue como uma preocupação dos produtores, assim como a armazenagem. Até o momento, em torno de 40% a 45% da safra foi negociada antecipadamente. Na safrinha, agricultores vão investir no milho, mas o clima ainda segue no radar.

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Emerson Zancanaro - Presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum/MT

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A colheita da soja da safra 2017/18 já teve início no Brasil. No maior estado produtor do grão, Mato Grosso, em torno de 1,29% da área plantada nesta temporada foi colhida até o momento, conforme levantamento realizado pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).  O número está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 5,33%.

Na região de Nova Mutum, a colheita já está completa em 5% da área plantada nesta safra. Após as chuvas da semana anterior, os produtores conseguiram retomar os trabalhos nos campos. "E até esse instante, os agricultores têm conseguido médias interessantes", reforça o presidente do Sindicato Rural do município, Emerson Zancanaro.

Ainda assim, em meio ao atraso no plantio, a colheita da soja deverá ficar concentrada no final de janeiro e durante o mês de fevereiro. E é justamente essa a preocupação por parte dos produtores rurais. "Podemos ter um regime de chuvas maior e isso acaba preocupando os agricultores", completa a liderança sindical.

Além disso, os produtores rurais estão atentos e realizam as aplicações preventivas nas lavouras para evitar os prejuízos com a ferrugem asiática. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o estado de Mato Grosso já tem 17 casos de ferrugem asiática confirmados até o momento.

Armazenagem

Do mesmo modo, a armazenagem também é uma das apreensões dos produtores rurais para essa temporada. Com cerca de 40% a 45% da safra negociada antecipadamente, a preocupação é com a estocagem do produto.

"Muitos produtores ainda não têm essa estrutura de armazenagem nas propriedades. Então, precisaremos vender logo essa soja colhida para abrir espaço para o restante da safra. E os preços estão estagnados nesse momento, com isso, os agricultores esperam uma definição", explica Zancanaro.

Safrinha de milho

 Apesar do atraso da soja, a liderança reforça que na região os produtores são tecnificados e o poder de plantio e colheita é grande. E, com o término da janela ideal de cultivo do milho entre 20 e 25 de fevereiro, o fator determinante será o regime de chuvas nesse período.

"Ainda é cedo, os produtores têm investido em pacotes com média e alta tecnologia. Se plantarmos com baixa tecnologia não conseguiremos cobrir os custos. E não dá para deixar de plantio o milho por conta do sistema de produção, cobertura de solo e rotação de culturas", destaca Zancanaro.

E, assim como no caso da soja, o mercado e os preços do milho preocupam os agricultores. Os contratos também estão parados na região e os cotações giram em torno de R$ 15,00 a R$ 16,00 a saca. "Muitos ainda aguardam a definição da janela, a quantidade de plantio, expectativa de colheita e o comportamento do dólar. Tudo está caminhando devagar até esse instante", finaliza o presidente.

Confira fotos da colheita da soja na região:

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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