Acordo entre EUA e UE estimula mercado da soja em Chicago, mas efeito pode ser pontual

Steve Cachia, diretor da Cerealpar e Consultor do Kordin Grain Terminal, em Malta, conversou com o Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (26) para comentar o acordo que Donald Trump fez com a União Europeia para estimular as importações de soja provenientes dos Estados Unidos, como forma de compensar a saída dos chineses do mercado.
A Bolsa de Chicago (CBOT) responde a esses movimentos com uma alta expressiva na manhã de hoje, somada a outros fatores importantes, como o auxílio anunciado pelo governo norte-americano para os produtores do país e a alta do mercado de trigo no dia de ontem.
Esse acordo comercial pode compensar parte das compras da China, que está fora do mercado dos Estados Unidos no momento. Contudo, a União Europeia já vinha pensando em acelerar essas compras porque é mais barato comprar nos Estados Unidos.
Com mais compradores no mercado, os produtores norte-americanos podem se ver tentados a vender mais rápido. Porém, a perspectiva é de que estes aguardem a nova safra de soja, que está no campo neste momento.
A situação também fica mais volátil com as novas regras dentro do mercado internacional. Na safra atual, o Brasil não tem condições de atender a todos os mercados. Entretanto, o governo brasileiro tenta conversas com o governo chinês para pedir cota de exportação de farelo e óleo de soja de 5 milhões de toneladas, embora os chineses tenham costume de importar o grão para esmagar internamente. Também foi colocada em pauta a retirada da sobretaxa de exportações de frango e açúcar.
Por conta das altas em Chicago, os prêmios devem ceder um pouco no Brasil, mas a demanda chinesa ainda deve fazer alguma diferença.
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