Soja: Com clima favorável, plantio segue adiantado no Tocantins e chega a 85% da área prevista nesta safra

Publicado em 19/11/2018 10:09
Maurício Buffon - Presidente da Aprosoja Tocantins
Produtores estão conseguindo aproveitar melhor janela de cultivo no estado e problemas são pontuais. Perspectiva é que o rendimento médio fique acima do registrado na safra passada, de 50 scs/ha. Negócios permanecem lentos no estado e saca da soja está sem referência de preço. Comercialização futura da próxima safrinha de milho também está travada.

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Entrevista com Maurício Buffon - Presidente da Aprosoja Tocantins sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

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O plantio em Porto Nacional/TO começou cedo e foi bastante beneficiado pelo clima, exceto em algumas localidades pontuais do município, é o que explica Maurício Buffon, Presidente da Aprosoja Tocantins. “O produtor conseguiu aproveitar a  melhor janela e as chuvas foram bem distribuídas no estado”, diz. Em todo o estado a área de plantio já chega a 85% do que é previsto nesta safra.

O Tocantins é região nova no plantio da soja, “O produtor vêm, ao longo dos anos, se profissionalizando e investindo em novas máquinas para gerar uma maior produtividade”, ressalta Buffon.

No ano passado o estado atingiu a média de 50 scs/ha e a expectativa esse ano é de ultrapassá-la. “O estado apresenta muitas áreas novas, a cada ano que passa essas estão tendo uma fertilidade e cobertura ainda melhor devido a consolidação de novas áreas. Então, a produtividade tem uma tendência de aumentar nos próximos anos”, acredita, Buffon.

Comercialização

Os negócios da oleaginosa não fluíram como de costume, afirmou a liderança da Aprosoja. De acordo com Buffon, as empresas estão muito retraídas e evitando riscos devido ao frete e o cenário de incerteza brasileiro. “Houve algumas negociações mas foram muito pontuais”, afirma. Devido a esses fatores, o preço futuro do grão está sem referências, “Os prêmios pagos não compensam”, pontua Buffon.

Insumos

Diferente da maior parte das regiões do Brasil, no Tocantins, poucos produtores compraram insumos fora da média de preço, a maioria já havia efetuado as compras quando houve a alta do dólar. Buffon lembra, no entanto, que também não houve comercialização da commodity com a moeda em alta, ou seja, o produtor não aproveitou a alta para comercializar.

Milho Safrinha

Na região, a soja não é a única commodity que enfrenta problemas na comercialização, o produtor de milho está com dificuldades de efetuar as vendas do seu produto. De acordo com Buffon, a questão do tabelamento de frete e alguns problemas pontuais de toxina nas plantações tiveram impacto no travamento da comercialização. “Temos produção e condição de fazer uma boa safra de milho, no entanto, não temos comercialização”.

O produtor precisa trabalhar nessas vendas de pelo menos parte da safra nova do milho que ele vai plantar para evitar uma crise de armazenamento cheio. Portanto, Buffon aconselha que se faça um travamento futuro para que se tenha garantia, pelo menos, dos custos de produção.

 
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Por:
Fernanda Custódio e Rodrigo Ferreira
Fonte:
Notícias Agrícolas

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