Produzir em dólar é melhor? Produtores do Paraguai não acham...

No Paraguai, os produtores rurais negociam a safra e a compra de insumos diretamente em dólar, ou seja, sem a conversão na moeda local, o Guarani. De acordo com Neivo Fritzen, diretor da Associação dos Produtores de Soja do Paraguai (APS), apesar de facilitar na administração rural das propriedades, a adoção do dólar tira a competitividade da soja paraguaia no mercado internacional. "No Brasil, a variação cambial favoreceu ao deixar a saca valendo R$ 90. Isso deixou a soja paraguaia com valor mais baixo, já que ao adotar o dólar, não fazemos as conversões entre moedas", explicou.
Segundo ele, o preço da saca brasileira é um benefício ilusório, já que a valorização do câmbio também afeta no preço dos insumos. "O produtor rural brasileiro teve esse benefício de comercializar a safra com dólar alto, mas se a moeda americana desvalorizar, o preço dos insumos não irão baixar de preços", disse Fritzen.
Em compensação, como o Brasil importa milho do Paraguai, a situação se torna favorável. "O preço da tonelada de milho aqui é de US$ 120, então temos boa rentabilidade quando negociamos o milho com o Brasil", comentou Eno Michels, presidente da APS.
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